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Lucro da Unilever cai em 2015, mas desempenho melhora em emergentes

19/01/2016 14h50


A multinacional anglo-holandesa Unilever registrou queda de 5% no lucro líquido de 2015, para 4,91 bilhões de euros, na comparação com 2014. O resultado foi afetado pela base de comparação, pois a empresa registrou ganhos relacionados com desinvestimentos um ano antes. As vendas da companhia cresceram 10% no período, para 53,27 bilhões de euros, puxada por ganhos cambiais.



A multinacional acelerou as vendas em mercados emergentes, que representam mais de metade de suas receitas, em 2015. A empresa de bens de consumo foi beneficiada pelo aumento de preços e por produtos inovadores, mas sinalizou uma posição cautelosa para este ano.

A Unilever é dona de marcas como o sabão em pó Omo, os sorvetes Kibon, a linha de higiene Dove e a maionese Hellmann's, As vendas em mercados emergentes cresceram 7,1% em 2015, acima do aumento de 5,7% no exercício anterior. O volume avançou 2,7%, enquanto os preços subiram 4,3%.

Nos mercados desenvolvidos, as vendas ficaram estáveis, com o aumento de volume na Europa ofuscado pela deflação de preços.

"Estamos nos preparando para condições de mercado mais difíceis e para a alta volatilidade em 2016. Portanto, é essencial manter a agilidade e a disciplina de custo em todo o negócio", disse o presidente Paul Polman, em comunicado que acompanha o relatório de resultados anual.

A companhia está acelerando os processos de inovação, o uso de ferramentas digitais e adotou um programa global de orçamento "base zero", o que significa que cada item precisa ser individualmente aprovado, e não apenas as alterações em relação ao ano anterior. "Nossas prioridades continuam a ser o crescimento puxado por volume acima do mercado, a melhora constante na margem das operações centrais e o forte fluxo de caixa", disse Polman.

As vendas ajustadas - excluem aquisições, alienações e câmbio - subiram 6,6% nas Américas em 2015, em comparação a um ano antes. Na Europa, o avanço foi de 0,3%. Na região que engloba Ásia, África, Oriente Médio, Turquia, Rússia, Ucrânia e Bielorússia, houve alta de 4,6%.

A América Latina apresentou aumento de dois dígitos nas vendas, principalmente por fortes reajustes de preço para compensar os aumentos de custos. O volume teve crescimento modesto por conta da queda de renda do consumidor, disse a empresa. Os volumes ficaram estáveis no Brasil e cresceram na Argentina, México e Colômbia.