BTG foi procurado para vender fatia na Brasil Pharma, diz varejista
A rede de farmácias Brasil Pharma informou que o BTG Pactual, seu maior acionista, foi recentemente procurado, "de forma preliminar e não vinculante", por terceiros, que estariam potencialmente interessados na compra da fatia que o banco detém na empresa ou na participação em algumas bandeiras.
Até o momento, porém, não há definição sobre transações dessa natureza, diz o aviso enviado nesta quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A BR Pharma diz também que, juntamente com o BTG, está "constantemente avaliando" oportunidade de negócios, seja em relação à venda da participação do banco na empresa, seja em relação à venda das bandeiras da companhia, "como forma de geração de caixa e redução do seu endividamento".
"Nesse momento, não há qualquer documento assinado ou qualquer definição de venda e, dessa forma, a companhia não pode garantir se tais oportunidades de negócios se concretizarão e em que condições e prazo, podendo, inclusive, eventual preço de venda vir a exceder ou ficar abaixo do atual valor de mercado desses ativos e/ou da companhia, segundo sua avaliação", diz trecho da nota.
Reportagem do Valor de dezembro mostrou que a forte queda das ações da BR Pharma na época tornava inviável um aumento de capital da companhia. Sem uma capitalização, a empresa enfrentaria dificuldades de liquidez e poderia ter de tomar um rumo mais drástico, da recuperação judicial, segundo avaliações do mercado.
Conforme os resultados no terceiro trimestre, a dívida líquida da empresa era de R$ 903,9 milhões. No caixa, havia R$ 9,2 milhões. O grupo de varejo de farmácias tem o BTG como detentor de quase 38% das ações ON, por meio de fundos de investimento, além dos sócios, com cerca de 10%, e da Petros, com outros 10% das ações.
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