Dólar volta a fechar em queda seguindo movimento no exterior
O dólar fechou em queda frente ao real pelo segundo pregão consecutivo, reagindo a um movimento de desmonte das posições compradas em dólar no exterior e também a especulações de que o governo pode estar atuando para manter a cotação em baixa.
O dólar comercial caiu 0,60% e fechou a R$ 3,8945, renovando a mínima do ano, ainda no menor patamar desde 29 de dezembro de 2015.
No mercado futuro, o contrato para março recuava 0,06% para R$ 3,922.
Lá fora, a moeda americana caía 0,54% em relação ao dólar australiano, 0,21% frente ao rand sul-africano e 0,06% diante da lira turca.
As moedas emergentes vêm mostrando uma recuperação desde a decisão do Banco do Japão (BoJ) de colocar a taxa básica de juros em terreno negativo, acentuando a leitura de que o crescimento mais fraco da economia global deve levar os bancos centrais dos países desenvolvidos a manter os estímulos monetários, o que tem sustentado o apetite por ativos de risco e levado a um desmonte das posições compradas em dólar em relação às moedas emergentes.
O mercado local acompanhou esse movimento. Profissionais chamam atenção para o desmonte de posições compradas em dólar de estrangeiros e o reforço de posições vendidas por parte de investidores institucionais - categoria na qual se enquadram fundos de investimento. Apenas ontem, os estrangeiros diminuíram apostas na alta do dólar em US$ 1,38 bilhão.
Outro fator que tem contribuído para a queda da moeda americana no mercado local são os rumores a respeito da venda de dólares por instituições públicas. Em meio a essas especulações, o Ministério da Fazenda divulgou nota no fim do mês passado confirmando vendas de moeda estrangeira pelo BNDES como reflexo do pagamento antecipado de R$ 13,22 bilhões, referente à dívida indexada ao dólar do banco com o Tesouro.
Operadores também comentam que o BNDES ainda estaria se desfazendo da posição de "hedge" remanescente referente a essa dívida, o que ajudado na queda do dólar no mercado local.
Também chamou a atenção no mercado uma operação envolvendo Notas do Tesouro Nacional-Série A (NTN-A), papéis atrelados à variação do dólar e não são mais emitidos pelo Tesouro, que segundo rumores estariam sendo negociados por instituições públicas.
O Banco Central seguiu com o leilão de rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões de swaps cambiais que vence em março e renovou hoje mais 11.900 contratos.
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