Prejuízo da Avon quase triplica em 2015
A fabricante de cosméticos Avon apresentou prejuízo líquido de US$ 333,4 milhões no quarto trimestre de 2015. Em relação aos US$ 330,7 milhões apurados em igual período de 2014, as perdas subiram 0,8%.
Em 2015, o prejuízo líquido da Avon totalizou US$ 1,15 bilhão, ante perdas de US$ 388,6 milhões um ano antes. A receita líquida caiu 19% no intervalo, para US$ 6,08 bilhões.
Em janeiro, a companhia anunciou um plano de recuperação, que inclui esforços de redução de custos para melhorar sua estrutura e reinvestir em crescimento. A Avon prevê economias, antes de impostos, de US$ 350 milhões em três anos, sendo US$ 200 milhões com a rede de fornecimento e US$ 150 milhões de outras reduções de custos.
Nos três meses encerrados em dezembro, a receita líquida da fabricante de cosméticos diminuiu 20% para US$ 1,61 bilhão. Em moeda constante, sem o impacto da venda da marca Liz Earle e de efeitos tributários no Brasil, a receita teria subido 6%, de acordo com a companhia.
As vendas da empresa na América Latina diminuíram 26% no quarto trimestre, para US$ 779,2 milhões. Na região da Europa, Oriente Médio e África, a queda foi de 13%, para US$ 669,5 milhões. Na Ásia-Pacífico, a receita recuou 16%, para US$ 158,6 milhões. A conversão de moedas prejudicou o desempenho da Avon em todas as regiões em que atua.
Em moeda constante, a receita ficaria estável na América Latina, subiria 6% na Europa, Oriente Médio e África, mas cairia 8% na Ásia-Pacífico de outubro a dezembro.
"O desempenho operacional para o quarto trimestre e o ano fiscal ficou em linha com nossas previsões recentes", disse a presidente, Sheri McCoy, em relatório que acompanha o balanço. "Olhando para 2015, nossos principais mercados tiveram melhoras contínuas no desempenho geral. Importante notar, nós melhoramos as tendências de representantes ativas na comparação anual - com crescimento de 1% no ano", acrescentou.
O total de representantes ativas no mundo cresceu 2% em relação a um ano antes, mas a melhora na Europa, Oriente Médio e África foi parcialmente ofuscada por quedas em países da América Latina com alta inflação (Venezuela e Argentina). A média de encomendas caiu 1%, com impacto de cerca de três pontos devido à ausência de créditos tributários no Brasil, registrados em 2014, mas que não se repetiram em 2015, e mudanças na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A empresa diz que aumentos de preços, principalmente na Rússia e no Brasil, assim como em mercados da América da Latina experimentando alta inflação, em parte compensaram a queda de pedidos.
Brasil
A receita da Avon no Brasil caiu 44% no quarto trimestre de 2015. Em dólar constante, o recuo fica em 14%. Neste último item, detalha a companhia, 12 pontos percentuais de queda derivam da combinação da ausência de créditos do imposto sobre valor adicionado (VAT, na sigla em inglês) e do imposto sobre produtos industrializados (IPI).
Quando se analisa a receita em dólar constante excluindo o impacto desses dois itens, a queda teria sido de 2%, principalmente pelo menor número médio de encomendas, apesar do aumento de representantes de vendas ativas.
A empresa afirma que o país continua a ser afetado pelo ambiente macroeconômico difícil e por altos níveis de competição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.