IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Dólar opera acima de R$ 4

16/02/2016 10h56


O dólar volta a superar a marca de R$ 4 nesta terça-feira, alcançando máximas em duas semanas. Às 10h50, o dólar comercial subia 0,39%, a R$ 4,0122. Na máxima, a cotação foi a R$ 4,0170, maior patamar intradia desde 2 de fevereiro (R$ 4,0199). No mercado futuro, o dólar para março tinha alta de 0,45%, a R$ 4,03150.

As operações domésticas seguem o movimento externo, em um dia de dólar forte contra emergentes de forma geral, na mesma sessão em que voltam os negócios em Wall Street.

Nesta terça-feira haverá três discursos de presidentes regionais do Federal Reserve: Patrick Harker, do Fed da Filadélfia; Neel Kashkari, de Mineápolis; e Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston.

Desses três integrantes, apenas Rosengren vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que define a política monetária americana. Mas o discurso de Rosengren está previsto apenas para as 22h30 (horário de Brasília). Em janeiro, Rosengren disse que a economia global e também a americana poderiam estar perdendo força, o que resultaria em um ritmo de aperto mais gradual do que o Fed antecipava naquele momento.

Por enquanto, o dólar segue bastante atrelado ao comportamento externo, mas as questões domésticas também reforçam o apetite pela moeda americana, especialmente devido às incertezas políticas.

Na edição de hoje, o Valor informa que o Congresso Nacional retoma nesta terça-feira as atividades com uma agenda intensa. E o tempo é desfavorável à presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de impeachment. A presidente volta a se reunir nesta terça-feira com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados para expor prioridades.

A próxima resistência do dólar é a taxa de R$ 4,0471, que, se rompida, pode abrir caminho para a moeda testar a máxima de R$ 4,1723 alcançada em 21 de janeiro. Nesse dia, a cotação teve o fechamento mais alto do Plano Real, de R$ 4,1631.

No exterior, o dólar subia 0,21% contra a lira turca, 0,17% frente ao rand sul-africano e 0,52% ante o dólar neozelandês.