Dólar cai com menor aversão a risco no exterior e cenário político
O dólar fechou em queda frente ao real pelo segundo pregão consecutivo, acompanhando o movimento no exterior, diante do cenário de maior apetite por ativos de risco. A alta do real, contudo, foi acentuada pelo noticiário político local e a volta da discussão sobre as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O dólar comercial caiu 1,82%, encerrando a R$ 3,9494. Já o contrato futuro para março recuava 2,09% para R$ 3,951.
O mercado de câmbio local acompanhou a desvalorização do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pela alta do preço do petróleo e por notícias vindas da China.
Investidores reagiram positivamente à notícia de que Liu Shiyu, um veterano do BC da China, vai substituir Xiao Gang como responsável pela comissão de regulação dos mercados de ações no país. O fato alimentou a expectativa de que o governo vai intensificar os esforços para revigorar o mercado de ações chinês.
Lá fora, a moeda americana recuava 1,09% em relação ao dólar australiano, 1,29% diante do rand sul-africano e 0,50% frente à lira turca.
No mercado local, o noticiário político voltou ao radar dos investidores após o marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais do PT, ter a prisão temporária decretada na manhã desta segunda-feira, como parte da 23ª fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
O marqueteiro trabalhou para o PT em diferentes ocasiões, incluindo campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. Os investigadores apuram pagamentos no valor de cerca de R$ 90 milhões que a Odebrecht teria feito a João Santana para a campanha petista em 2014, por meio de contas no exterior e não declarados no Brasil.
Também no plano político, as atenções se voltam para o senador e ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS), que volta ao Senado nesta semana. O Valor confirmou na sexta-feira que Delcídio fez acordo de delação premiada em troca de saída da detenção. O mercado especula que o depoimento de Delcídio poderia comprometer integrantes do governo.
As notícias contribuem para intensificar os rumores sobre um aumento das chances de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, cuja política econômica tem sido criticada pelo mercado.
Em evento realizado pelo banco JP Morgan, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou que a taxa de câmbio mais depreciada deverá estimular a substituição de importações, com reflexos positivos não só para a balança comercial, mas também para a atividade econômica.
Lopes ainda acrescentou que a depreciação da taxa de câmbio torna a economia doméstica mais atrativa aos investidores estrangeiros.
As incertezas no campo político e fiscal, contudo, têm reduzido o fluxo de capitais externos para o Brasil, especialmente via conta financeira. O saldo cambial no acumulado do ano, até 12 de fevereiro, estava positivo em US$ 30 milhões, abaixo dos US$ 4,108 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Hoje o BC seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais que vence em março e renovou mais 11.900 contratos.
O dólar comercial caiu 1,82%, encerrando a R$ 3,9494. Já o contrato futuro para março recuava 2,09% para R$ 3,951.
O mercado de câmbio local acompanhou a desvalorização do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pela alta do preço do petróleo e por notícias vindas da China.
Investidores reagiram positivamente à notícia de que Liu Shiyu, um veterano do BC da China, vai substituir Xiao Gang como responsável pela comissão de regulação dos mercados de ações no país. O fato alimentou a expectativa de que o governo vai intensificar os esforços para revigorar o mercado de ações chinês.
Lá fora, a moeda americana recuava 1,09% em relação ao dólar australiano, 1,29% diante do rand sul-africano e 0,50% frente à lira turca.
No mercado local, o noticiário político voltou ao radar dos investidores após o marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais do PT, ter a prisão temporária decretada na manhã desta segunda-feira, como parte da 23ª fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
O marqueteiro trabalhou para o PT em diferentes ocasiões, incluindo campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. Os investigadores apuram pagamentos no valor de cerca de R$ 90 milhões que a Odebrecht teria feito a João Santana para a campanha petista em 2014, por meio de contas no exterior e não declarados no Brasil.
Também no plano político, as atenções se voltam para o senador e ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS), que volta ao Senado nesta semana. O Valor confirmou na sexta-feira que Delcídio fez acordo de delação premiada em troca de saída da detenção. O mercado especula que o depoimento de Delcídio poderia comprometer integrantes do governo.
As notícias contribuem para intensificar os rumores sobre um aumento das chances de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, cuja política econômica tem sido criticada pelo mercado.
Em evento realizado pelo banco JP Morgan, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou que a taxa de câmbio mais depreciada deverá estimular a substituição de importações, com reflexos positivos não só para a balança comercial, mas também para a atividade econômica.
Lopes ainda acrescentou que a depreciação da taxa de câmbio torna a economia doméstica mais atrativa aos investidores estrangeiros.
As incertezas no campo político e fiscal, contudo, têm reduzido o fluxo de capitais externos para o Brasil, especialmente via conta financeira. O saldo cambial no acumulado do ano, até 12 de fevereiro, estava positivo em US$ 30 milhões, abaixo dos US$ 4,108 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Hoje o BC seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais que vence em março e renovou mais 11.900 contratos.
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