Petróleo ameniza impacto negativo da Moody's sobre a Bovespa
No dia em que o Brasil perdeu o grau de investimento pela Moody's - a última das três grandes agências que ainda mantinha o selo de bom pagador do país - o petróleo voltou a dar o tom dos mercados nesta quarta-feira. Os preços da commodity passaram a operar em alta no meio da tarde, com investidores reagindo aos sinais de maior demanda por gasolina e outros derivados nos Estados Unidos.
A melhora se refletiu em Wall Street e ajudou a bolsa brasileira a se afastar das mínimas registradas mais cedo. Porém, o impacto da decisão da Moody's limitou a recuperação dos ativos domésticos.
Para o especialista em bolsa da corretora Icap Brasil, Rogério Oliveira, a decisão apenas confirma os quadros político e macroeconômico desfavoráveis para o país. "O mercado já trabalha com um cenário complicado adiante. Esse novo corte não vai provocar uma saída desenfreada de estrangeiros. Já somos ?junk' há algum tempo e isso não é mais novidade para ninguém."
Para o analista da corretora Rico, Roberto Indech, o corte de dois degraus de uma só vez mostra que a Moody's estava atrasada em relação ao posicionamento das demais agências de rating sobre o Brasil. "Ela estava atrasada há meses. A S&P tirou o grau de investimento em setembro e a Moody's em dezembro." Apesar da má notícia com a Moody's, Indech ressaltou que a Bovespa foi mais influenciada pelo comportamento das commodities, em especial, do petróleo.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,03%, aos 42.085 pontos, com volume de R$ 4,786 bilhões. No pior momento do dia, o índice bateu na mínima de 41.211 pontos (-3,08%). Entre as principais ações, Vale PNA (-4,44%) puxou as perdas, seguida por Petrobras PN (-1,01%), Itaú PN (-0,84%), Ambev ON (-0,43%) e Bradesco PN (-0,19%).
O barril do petróleo tipo WTI fechou em alta de 0,88% em Nova York, a US$ 32,15. O relatório semanal do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) mostrou que os estoques de gasolina encolheram em 2,236 milhões de barris na semana passada, ante uma expectativa dos analistas de um declínio mais modesto de apenas 300 mil barris. Os estoques de destilados (que inclui diesel e óleo para aquecimento) também caíram bem mais do que o esperado, em 1,660 milhão de barris.
Os estoques de petróleo bruto, por outro lado, cresceram mais do que o esperado para novo nível recorde de 507,607 milhões de barris. Para alguns analistas, os dados dos estoques foram razoavelmente positivos, mas os recentes comentários do ministro da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, - que descartou um corte na produção - limitaram o entusiasmo dos investidores.
Entre as maiores baixas do Ibovespa ficaram WEG ON (-9,04%), Sabesp ON (-5,48%) e Vale ON (-5,41%). A WEG apresentou aumento de 45,8% no lucro líquido do quarto trimestre, para R$ 383,9 milhões, mas o resultado foi considerado fraco por analistas. Em comentário divulgado aos investidores, o Credit Suisse destaca que a margem Ebitda reportada pela companhia, de 14%, é a menor desde 1996.
Na ponta positiva do índice terminaram JBS ON (7,44%), MRV ON (3,34%) e Rumo ON (2,31%).
A melhora se refletiu em Wall Street e ajudou a bolsa brasileira a se afastar das mínimas registradas mais cedo. Porém, o impacto da decisão da Moody's limitou a recuperação dos ativos domésticos.
Para o especialista em bolsa da corretora Icap Brasil, Rogério Oliveira, a decisão apenas confirma os quadros político e macroeconômico desfavoráveis para o país. "O mercado já trabalha com um cenário complicado adiante. Esse novo corte não vai provocar uma saída desenfreada de estrangeiros. Já somos ?junk' há algum tempo e isso não é mais novidade para ninguém."
Para o analista da corretora Rico, Roberto Indech, o corte de dois degraus de uma só vez mostra que a Moody's estava atrasada em relação ao posicionamento das demais agências de rating sobre o Brasil. "Ela estava atrasada há meses. A S&P tirou o grau de investimento em setembro e a Moody's em dezembro." Apesar da má notícia com a Moody's, Indech ressaltou que a Bovespa foi mais influenciada pelo comportamento das commodities, em especial, do petróleo.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,03%, aos 42.085 pontos, com volume de R$ 4,786 bilhões. No pior momento do dia, o índice bateu na mínima de 41.211 pontos (-3,08%). Entre as principais ações, Vale PNA (-4,44%) puxou as perdas, seguida por Petrobras PN (-1,01%), Itaú PN (-0,84%), Ambev ON (-0,43%) e Bradesco PN (-0,19%).
O barril do petróleo tipo WTI fechou em alta de 0,88% em Nova York, a US$ 32,15. O relatório semanal do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) mostrou que os estoques de gasolina encolheram em 2,236 milhões de barris na semana passada, ante uma expectativa dos analistas de um declínio mais modesto de apenas 300 mil barris. Os estoques de destilados (que inclui diesel e óleo para aquecimento) também caíram bem mais do que o esperado, em 1,660 milhão de barris.
Os estoques de petróleo bruto, por outro lado, cresceram mais do que o esperado para novo nível recorde de 507,607 milhões de barris. Para alguns analistas, os dados dos estoques foram razoavelmente positivos, mas os recentes comentários do ministro da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, - que descartou um corte na produção - limitaram o entusiasmo dos investidores.
Entre as maiores baixas do Ibovespa ficaram WEG ON (-9,04%), Sabesp ON (-5,48%) e Vale ON (-5,41%). A WEG apresentou aumento de 45,8% no lucro líquido do quarto trimestre, para R$ 383,9 milhões, mas o resultado foi considerado fraco por analistas. Em comentário divulgado aos investidores, o Credit Suisse destaca que a margem Ebitda reportada pela companhia, de 14%, é a menor desde 1996.
Na ponta positiva do índice terminaram JBS ON (7,44%), MRV ON (3,34%) e Rumo ON (2,31%).
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