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Oi, Gerdau e Vale são destaque de queda do Ibovespa; Petrobras sobe

25/02/2016 11h20

O principal índice da BM&FBovespa repercute nesta quinta-feira diferentes acontecimentos que atingiram, desde a noite de ontem, grandes empresas. Por volta das 11h, o índice registrava valorização de 0,57%, para 43.323 pontos.

Ontem à noite, o Senado aprovou a mudança na regra da participação da Petrobras no pré-sal, o que faz as ações subirem hoje. Nesta manhã, foi deflagrada mais uma fase da Operação Zelotes, que investiga fraudes na Receita Federal, tendo como alvo o grupo Gerdau, cujos papeis estão em queda.

Os balanços de Vale, Ambev e Banco do Brasil não animaram o mercado e as ações recuam. A Oi, por sua vez, informou hoje que o fundo LetterOne desistiu de costurar sua fusão com a TIM e os papeis também caem.

Os papeis da Usiminas são destaque de alta, com valorização de 5,49%.

Vale

As ações da Vale são destaque de baixa do Ibovespa. Vale PNA cai 3,60% e Vale ON recua 2,82%.

A Vale registrou prejuízo de R$ 33,156 bilhões no quarto trimestre de 2015. Em igual período em 2014, a companhia teve prejuízo de R$ 4,761 bilhões.

Os principais motivos apontados pela mineradora para o resultado foram menor margem Ebitda (geração de caixa); maiores impairments registrados em 2015; e efeito negativo, nos resultados financeiros da empresa, da depreciação do real frente ao dólar, já que a maior parte do endividamento da Vale é em dólar. O prejuízo no quarto trimestre do ano passado foi mais forte do que o esperado pelo mercado.

O minério de ferro em Tianjin, na China, caiu 2% hoje.

Ambev

As ações da Ambev caem hoje no Ibovespa, após balanço da empresa. Ambev ON recuava 3,03%.

A fabricante de bebidas registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 4,153 bilhões no quarto trimestre de 2015, queda de 8,5% na comparação com o mesmo período em 2014. No acumulado do ano passado, o lucro foi de R$ 12,423 bilhões, aumento de 2,9% em relação a 2014.

Os resultados da Ambev no quarto trimestre de 2015 ficaram abaixo das estimativas divulgadas pelo Credit Suisse, Morgan Stanley, Bradesco e Itaú BBA - compiladas pelo Valor. O lucro menor derivou, em parte, por uma despesas não recorrentes de R$ 357,2 milhões, explicadas principalmente por uma despesa operacional de R$ 239 milhões relativa ao acordo celebrado com o Cade para encerrar um processo judicial associado ao programa "Tô Contigo".

Banco do Brasil

As ações do Banco do Brasil subiam 0,77%.

O BB registrou um lucro líquido contábil de R$ 2,512 bilhões no quarto trimestre, com queda de 15,1% na comparação com o mesmo período do 2014. O resultado ajustado foi de R$ 2,648 bilhões, um recuo de 12,3% na mesma comparação.

A diferença entre os dois resultados deveu-se basicamente ao efeito cambial sobre a participação do BB no Banco Patagonia e à reversão de parte das "provisões extraordinárias com demandas contingentes" do banco.

Segundo o Credit Suisse, os números ficaram abaixo do consenso de mercado. A casa diz acreditar que os R$ 239 milhões que o banco considerou como despesa extraordinária deveriam passar pelo balanço. Neste caso, o lucro seria menor. Na qualidade de crédito, o banco acelerou ainda mais o ritmo de renegociação.

Petrobras

As ações da Petrobras sobem no Ibovespa. Petrobras PN ganhava 2,87% e a ON subia 2,70%.

Após mais de cinco horas de discussão ontem e quase um ano de embates em torno da matéria, o Senado aprovou na noite desta quarta-feira, por 40 votos favoráveis e 26 contrários, o projeto que altera as regras de participação da Petrobras na exploração do pré-sal. O texto seguirá para apreciação na Câmara dos Deputados.

A proposta foi aprovada na forma do substitutivo do senador Romero Jucá (PMDB-RR), cujo texto foi costurado com o Palácio do Planalto e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. O senador José Serra (PSDB-SP), autor original do projeto, aceitou o acordo e foi elogiado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Segundo a XP Investimentos, a extinção do modelo de partilha ajuda, mas não resolve o problema da companhia que tem R$ 506 bilhões de dívida e 73% desse montante em dólar e com o preço do petróleo em baixa. "Seguimos céticos com o ativo", diz a Casa.