Juros futuros caem sob reflexo de ajustes e cenário externo favorável
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta sexta-feira na BM&F, com os investidores ajustando as posições após a alta verificada ontem, principalmente nos vencimentos mais curtos, após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A melhora do apetite por ativos de risco no exterior também abriu espaço para a queda das taxas de juros com prazos mais longos, refletindo a entrada de recursos para o mercado de renda fixa local.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,88% para 13,795% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 13,72% para 13,57%. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 13,91% para 13,81%.
Investidores ajustam as posições no mercado de juros após o RTI, divulgado ontem pelo Banco Central, que contribuiu para reduzir as apostas em um corte da taxa Selic no curto prazo. O mercado continua vendo, contudo, a possibilidade de o BC iniciar a flexibilização da política monetária ainda neste ano, dada a desaceleração esperada da inflação e a piora da atividade. "O RTI afastou a hipótese de uma queda de juros já reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] em abril, mas achamos que há espaço para um corte neste ano", diz Rogério Braga sócio e gestor da Quantitas.
O Itáu Unibanco revisou hoje as projeções para câmbio e juros e agora prevê uma taxa Selic a 12,25% no fim de 2016, ante 12,75% da projeção anterior, com o BC iniciando o corte da taxa básica em julho.
A queda das taxas na parte longa da curva de juros reflete a melhora do apetite por ativos de risco no exterior, que tem aumentado a demanda dos estrangeiros por ativos de renda fixa no mercado local. Os agentes do mercado, contudo, adotam uma posição mais cautelosa diante das incertezas no cenário político.
O governo tem intensificado o esforço para recompor a base aliada, renegociando os cargos que eram do PMDB com outros partidos em troca de apoio político, na tentativa de barrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.
A notícia de que a investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará no Supremo Tribunal Federal (STF) e não sob o comando do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato, divergências internas no próprio PMDB, e manifestações populares ocorridas ontem contrárias ao impeachment indicam que o embate político poderá ser difícil e demorado. "O processo de impeachment estava se acelerando. No entanto, nos últimos dias as notícias favoráveis a esse evento deram uma estagnada", afirma Braga.
O gestor ainda vê espaço para uma queda dos juros, especialmente das taxas com vencimentos mais longos, que segundo Braga, poderiam cair abaixo de 13% caso a mudança de governo se concretize.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,88% para 13,795% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 13,72% para 13,57%. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 13,91% para 13,81%.
Investidores ajustam as posições no mercado de juros após o RTI, divulgado ontem pelo Banco Central, que contribuiu para reduzir as apostas em um corte da taxa Selic no curto prazo. O mercado continua vendo, contudo, a possibilidade de o BC iniciar a flexibilização da política monetária ainda neste ano, dada a desaceleração esperada da inflação e a piora da atividade. "O RTI afastou a hipótese de uma queda de juros já reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] em abril, mas achamos que há espaço para um corte neste ano", diz Rogério Braga sócio e gestor da Quantitas.
O Itáu Unibanco revisou hoje as projeções para câmbio e juros e agora prevê uma taxa Selic a 12,25% no fim de 2016, ante 12,75% da projeção anterior, com o BC iniciando o corte da taxa básica em julho.
A queda das taxas na parte longa da curva de juros reflete a melhora do apetite por ativos de risco no exterior, que tem aumentado a demanda dos estrangeiros por ativos de renda fixa no mercado local. Os agentes do mercado, contudo, adotam uma posição mais cautelosa diante das incertezas no cenário político.
O governo tem intensificado o esforço para recompor a base aliada, renegociando os cargos que eram do PMDB com outros partidos em troca de apoio político, na tentativa de barrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.
A notícia de que a investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará no Supremo Tribunal Federal (STF) e não sob o comando do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato, divergências internas no próprio PMDB, e manifestações populares ocorridas ontem contrárias ao impeachment indicam que o embate político poderá ser difícil e demorado. "O processo de impeachment estava se acelerando. No entanto, nos últimos dias as notícias favoráveis a esse evento deram uma estagnada", afirma Braga.
O gestor ainda vê espaço para uma queda dos juros, especialmente das taxas com vencimentos mais longos, que segundo Braga, poderiam cair abaixo de 13% caso a mudança de governo se concretize.
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