Dólar encosta em R$ 3,50 e bate mínima desde agosto
O dólar acelerou as perdas frente ao real no meio da manhã desta segunda-feira, o que levou ao rompimento do suporte em torno de R$ 3,53, movimento que acabou desencadeando mais vendas. A moeda já aproxima a cotação da marca psicológica de R$ 3,50.
Uma combinação de fatores pesa sobre a moeda hoje, dizem profissionais. O Banco Central (BC) por mais uma vez vendeu menos da metade dos swaps cambiais reversos ofertados, o que na prática indica mais liquidez no mercado. Além disso, o ambiente externo segue fortemente tomador de risco, o que pode ser visto na valorização de divisas emergentes, commodities e ações. A maior demanda por risco no exterior traz fluxo ao país, o que acaba acelerando um movimento de desmonte de posições compradas em dólar.
Mas o elemento que dá ao real o título de divisa com melhor desempenho nesta sessão continua sendo de ordem política. O mercado chegou ao fim da semana passada e ao começo desta tendo reforçada a convicção de que a presidente Dilma Rousseff sofrerá impeachment.
As expectativas foram endossadas pela sensação de que o governo chega mais fraco à reta final do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. O governo teme a possibilidade de deputados do chamado "centrão" - formado por parlamentares de partidos menores - não votarem a favor de Dilma. Em um sinal negativo, durante os debates na sexta-feira e madrugada de sábado para análise do parecer sobre o relatório do impeachment, essa ala não só não defendeu a presidente como teve cinco deputados do PP e do PSD em posição favorável ao relatório.
A análise do parecer será retomada nesta manhã, com a votação prevista para as 17h. O governo já espera derrota, mas tenta emplacar estratégia de não só desmerecer a denúncia contra Dilma como também mostrar que o resultado não será suficiente para que seja aprovado o impeachment da presidente no Plenário da Câmara. A votação no Plenário deve ocorrer a partir de sexta-feira. Se aprovado o impeachment, o processo vai para o Senado Federal, que decide pelo afastamento ou não da presidente.
Em outra notícia contrária ao governo, pesquisa Datafolha mostrou no fim de semana que a maioria da população apoia tanto o impeachment da presidente Dilma. De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados defendem a saída da presidente.
As vendas de dólares são alimentadas ainda pela firme demanda por ativos de risco que se vê nos mercados internacionais. Outras divisas emergentes e correlacionadas a commodities também exibem forte valorização, ainda amparadas por expectativa de aperto monetário mais gradual nos Estados Unidos e de mais estímulos monetários na China.
Às 11h05, o dólar comercial recuava 2,43%, a R$ 3,5103. Na mínima, a cotação foi a R$ 3,5058, menor patamar intradia desde 21 de agosto, quando chegou a R$ 3,4589. Em dois dias (sexta e segunda-feira), o dólar anulou a alta de 3,66% acumulada nas quatro sessões entre os dias 4 e 7 de abril, quando os mercados se ajustaram ao resfriamento das apostas de impeachment da presidente Dilma.
No mercado futuro, o dólar para maio cedia 2,35%, para R$ 3,53.
Uma combinação de fatores pesa sobre a moeda hoje, dizem profissionais. O Banco Central (BC) por mais uma vez vendeu menos da metade dos swaps cambiais reversos ofertados, o que na prática indica mais liquidez no mercado. Além disso, o ambiente externo segue fortemente tomador de risco, o que pode ser visto na valorização de divisas emergentes, commodities e ações. A maior demanda por risco no exterior traz fluxo ao país, o que acaba acelerando um movimento de desmonte de posições compradas em dólar.
Mas o elemento que dá ao real o título de divisa com melhor desempenho nesta sessão continua sendo de ordem política. O mercado chegou ao fim da semana passada e ao começo desta tendo reforçada a convicção de que a presidente Dilma Rousseff sofrerá impeachment.
As expectativas foram endossadas pela sensação de que o governo chega mais fraco à reta final do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. O governo teme a possibilidade de deputados do chamado "centrão" - formado por parlamentares de partidos menores - não votarem a favor de Dilma. Em um sinal negativo, durante os debates na sexta-feira e madrugada de sábado para análise do parecer sobre o relatório do impeachment, essa ala não só não defendeu a presidente como teve cinco deputados do PP e do PSD em posição favorável ao relatório.
A análise do parecer será retomada nesta manhã, com a votação prevista para as 17h. O governo já espera derrota, mas tenta emplacar estratégia de não só desmerecer a denúncia contra Dilma como também mostrar que o resultado não será suficiente para que seja aprovado o impeachment da presidente no Plenário da Câmara. A votação no Plenário deve ocorrer a partir de sexta-feira. Se aprovado o impeachment, o processo vai para o Senado Federal, que decide pelo afastamento ou não da presidente.
Em outra notícia contrária ao governo, pesquisa Datafolha mostrou no fim de semana que a maioria da população apoia tanto o impeachment da presidente Dilma. De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados defendem a saída da presidente.
As vendas de dólares são alimentadas ainda pela firme demanda por ativos de risco que se vê nos mercados internacionais. Outras divisas emergentes e correlacionadas a commodities também exibem forte valorização, ainda amparadas por expectativa de aperto monetário mais gradual nos Estados Unidos e de mais estímulos monetários na China.
Às 11h05, o dólar comercial recuava 2,43%, a R$ 3,5103. Na mínima, a cotação foi a R$ 3,5058, menor patamar intradia desde 21 de agosto, quando chegou a R$ 3,4589. Em dois dias (sexta e segunda-feira), o dólar anulou a alta de 3,66% acumulada nas quatro sessões entre os dias 4 e 7 de abril, quando os mercados se ajustaram ao resfriamento das apostas de impeachment da presidente Dilma.
No mercado futuro, o dólar para maio cedia 2,35%, para R$ 3,53.
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