Juros futuros sobem na BM&F com ajustes de apostas após Copom
As taxas dos contratos futuros de juros subiram na BM&F, com os investidores ajustando as posições após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem, que manteve a taxa de juros estável em 14,25%. Apesar de os investidores ainda trabalharem com a possibilidade de corte da taxa básica neste ano, a autoridade monetária sinalizou que não há espaço para um afrouxamento monetário no curto prazo - antes que ocorra queda mais consistente da inflação em 12 meses e ancoragem das expectativas.
Essa ponderação levou o mercado a reduzir as apostas na possibilidade de corte de juros em junho, sustentando a alta das taxas dos contratos futuros de prazos mais curtos. "O BC deu uma sinalização clara de que o próximo movimento da Selic é para baixo, mas ainda não é o momento", afirma Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, que vê como improvável um corte de juros em junho.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,53% para 13,65%. O DI para janeiro de 2018 avançou de 12,57% para 12,76%.
De forma geral, o mercado continua prevendo cortes para a Selic neste ano, mas em menor intensidade. O "timing" para o início do afrouxamento monetário, segundo analistas, vai depender da escolha do novo presidente do BC em um possível governo do vice-presidente Michel Temer.
Está prevista para 11 de maio a votação no Senado do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se o impedimento for admitido, a presidente é afastada por até 180 dias e Temer começaria a montar sua equipe de governo. Dependendo do prazo que isso ocorra, a próxima reunião do Copom poderá não ser comandada pelo atual presidente do BC, Alexandre Tombini.
O novo governo, no entanto, terá um grande desafio à frente para reverter a deterioração do quadro fiscal. Hoje o Tesouro informou que o governo central registrou déficit primário de R$ 7,942 bilhões em março, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1997.
Essa ponderação levou o mercado a reduzir as apostas na possibilidade de corte de juros em junho, sustentando a alta das taxas dos contratos futuros de prazos mais curtos. "O BC deu uma sinalização clara de que o próximo movimento da Selic é para baixo, mas ainda não é o momento", afirma Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, que vê como improvável um corte de juros em junho.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,53% para 13,65%. O DI para janeiro de 2018 avançou de 12,57% para 12,76%.
De forma geral, o mercado continua prevendo cortes para a Selic neste ano, mas em menor intensidade. O "timing" para o início do afrouxamento monetário, segundo analistas, vai depender da escolha do novo presidente do BC em um possível governo do vice-presidente Michel Temer.
Está prevista para 11 de maio a votação no Senado do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se o impedimento for admitido, a presidente é afastada por até 180 dias e Temer começaria a montar sua equipe de governo. Dependendo do prazo que isso ocorra, a próxima reunião do Copom poderá não ser comandada pelo atual presidente do BC, Alexandre Tombini.
O novo governo, no entanto, terá um grande desafio à frente para reverter a deterioração do quadro fiscal. Hoje o Tesouro informou que o governo central registrou déficit primário de R$ 7,942 bilhões em março, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1997.
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