Juros futuros recuam em dia de menos negócios devido a feriado nos EUA
Os juros futuros recuaram na BM&F nesta segunda-feira, em dia de baixo volume de negócios por conta do feriado nos Estados Unidos. O resultado primário positivo do governo central em abril contribuiu para consolidar a queda dos DIs, enquanto os investidores aguardam a votação das medidas fiscais recentemente anunciadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,69% para 13,63% no fechamento do pregão regular. E o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,91% para 12,75%.
Investidores aproveitaram o pregão com menor volume de negócios para realizar ganhos após a alta verificada na semana passada.
O resultado primário positivo do governo central contribuiu para consolidar a queda dos juros futuros. O governo central registrou superávit primário de R$ 9,751 bilhões em abril, mas acumula déficit de R$ 8,450 bilhões no ano, o equivalente a 0,4% do PIB, o pior resultado da série histórica.
O mercado aguarda a votação das primeiras medidas dos ajuste fiscal anunciadas por Meirelles na semana passada. A principal delas é a que estabelece um limite para o aumento das despesas do governo, que não poderá superar a inflação do ano anterior. Alguns líderes do Congresso afirmam que devem votar as medidas, mas com algumas modificações.
Em evento realizado nesta segunda-feira na Câmara Brasil-França em São Paulo, o ministro da Fazenda afirmou que há uma decisão política legítima a ser tomada pelo Congresso e que tem de ser respeitada, qualquer que seja. "Acho que o governo terá vitória na aprovação das medidas no Congresso, mas o medo do mercado é de novas denúncias da Operação Lava-Jato que possam comprometer novos integrantes do governo de Michel Temer", diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos,
Novas conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fez um acordo de delação premiada, foram divulgadas no fim de semana. Desta vez envolveu o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira. O presidente interino Michel Temer decidiu manter, por enquanto, Silveira no cargo, mas a pressão de funcionários da pasta e de parte da ala do governo pode levar a uma nova baixa na equipe do governo.
Com o cenário político mais delicado, Temer tem avaliado adiar a votação de medidas mais impopulares, como a reforma da Previdência.
Na parte mais curta da curva de juros, o mercado aguarda a aprovação da nomeação do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn no Senado, marcada para quarta-feira, 1º de junho. Se aprovada, Ilan pode comandar já a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 7 e 8 de junho. "Acho que, para a próxima reunião, o BC deve manter a taxa básica de juros estável", diz Petrassi. Mas a mudança de presidente do BC já no próximo encontro aumenta a expectativa para corte de juros em julho, segundo ele.
Pesquisa Focus divulgada hoje mostrou um aumento nas projeções para taxa Selic para o fim de 2016, cuja mediana subiu de 12,75% para 12,88%. A mediana das projeções para o IPCA teve uma ligeira alta, indo de 7,04% para 7,06%, para o fim de 2016, e se manteve estável em 5,50% para o fim de 2017.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,69% para 13,63% no fechamento do pregão regular. E o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,91% para 12,75%.
Investidores aproveitaram o pregão com menor volume de negócios para realizar ganhos após a alta verificada na semana passada.
O resultado primário positivo do governo central contribuiu para consolidar a queda dos juros futuros. O governo central registrou superávit primário de R$ 9,751 bilhões em abril, mas acumula déficit de R$ 8,450 bilhões no ano, o equivalente a 0,4% do PIB, o pior resultado da série histórica.
O mercado aguarda a votação das primeiras medidas dos ajuste fiscal anunciadas por Meirelles na semana passada. A principal delas é a que estabelece um limite para o aumento das despesas do governo, que não poderá superar a inflação do ano anterior. Alguns líderes do Congresso afirmam que devem votar as medidas, mas com algumas modificações.
Em evento realizado nesta segunda-feira na Câmara Brasil-França em São Paulo, o ministro da Fazenda afirmou que há uma decisão política legítima a ser tomada pelo Congresso e que tem de ser respeitada, qualquer que seja. "Acho que o governo terá vitória na aprovação das medidas no Congresso, mas o medo do mercado é de novas denúncias da Operação Lava-Jato que possam comprometer novos integrantes do governo de Michel Temer", diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos,
Novas conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fez um acordo de delação premiada, foram divulgadas no fim de semana. Desta vez envolveu o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira. O presidente interino Michel Temer decidiu manter, por enquanto, Silveira no cargo, mas a pressão de funcionários da pasta e de parte da ala do governo pode levar a uma nova baixa na equipe do governo.
Com o cenário político mais delicado, Temer tem avaliado adiar a votação de medidas mais impopulares, como a reforma da Previdência.
Na parte mais curta da curva de juros, o mercado aguarda a aprovação da nomeação do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn no Senado, marcada para quarta-feira, 1º de junho. Se aprovada, Ilan pode comandar já a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 7 e 8 de junho. "Acho que, para a próxima reunião, o BC deve manter a taxa básica de juros estável", diz Petrassi. Mas a mudança de presidente do BC já no próximo encontro aumenta a expectativa para corte de juros em julho, segundo ele.
Pesquisa Focus divulgada hoje mostrou um aumento nas projeções para taxa Selic para o fim de 2016, cuja mediana subiu de 12,75% para 12,88%. A mediana das projeções para o IPCA teve uma ligeira alta, indo de 7,04% para 7,06%, para o fim de 2016, e se manteve estável em 5,50% para o fim de 2017.
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