Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Bovespa reduz ganho de junho com série de quedas pautada pelo exterior

13/06/2016 10h41

As preocupações com a possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia, apelidada de "Brexit", e números piores na China deixam o Ibovespa em queda pelo terceiro pregão seguido. A sequência de baixas faz o índice, até o momento, devolver praticamente todo o ganho de junho. O Ibovespa caía 1,06% às 10h33, para 48.900 pontos. Se fechar nesse nível, a alta do índice no mês fica em apenas 0,80%.

Antes dessa sequência de três quedas, o Ibovespa acumulava alta de 6,5%. Os ganhos do índice até então foram acumulados com fatores internos e externos. No Brasil, lembram operadores, houve aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) em comissão especial da Câmara dos Deputados. Alta de commodities também ajudou a puxar o Ibovespa.

Depois, no exterior, números piores de emprego nos Estados Unidos provocaram um ajuste nas projeções de alta do juro americano, favorecendo os mercados emergentes. Em reação, o fluxo de capital externo na Bovespa, que foi negativo em R$ 1,8 bilhão em maio, passou a ser positivo em junho, somando R$ 1,066 bilhão até o dia 8.

O atentado que matou pelo menos 50 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, contribui para o clima negativo no exterior.

As ações da Gerdau estavam entre os destaques de baixa do Ibovespa. Gerdau Metalúrgica PN cedia 3,90% e Gerdau PN recuava 2,90%. Segundo informa o Valor, discussões tributárias que colocaram a Gerdau como alvo da Operação Zelotes - que investiga esquema de compra de votos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - poderão ser analisadas nesta semana pela Câmara Superior do órgão. São casos de uso do chamado ágio interno, gerado a partir de reestruturações societárias de um mesmo grupo econômico, para dedução do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Ultrapar PN avançava 3,32%, na esteira da compra, pela controlada Ipiranga, da concorrente Alesat Combustíveis. O valor acertado é de R$ 2,168 bilhões, do qual será deduzida a dívida líquida no fim do ano passado.