Dólar fecha em alta com expectativa de intervenção do BC
O dólar comercial fechou em alta frente ao real com o mercado reagindo à realização do leilão de swap cambial reverso e às declarações do Banco Central, Ilan Goldfajn, ao Valor de que a autoridade monetária pode continuar intervindo no mercado de câmbio para conter volatilidade e aproveitar janelas reduzir o estoque de swaps cambiais tradicionais.
Após um período sem intervir no mercado de câmbio desde 18 de maio, o BC vendeu hoje todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra futura de dólar, operação que somou US$ 500 milhões. Trata-se da primeira intervenção da autoridade monetária no câmbio sob o comando do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn.
O dólar comercial subiu 0,61% cotado a R$ 3,2319. Com isso, a moeda americana cai 4,33% na semana. Já o contrato futuro para agosto avançava 0,56% para R$ 3,258.
Após liderar os ganhos frente ao dólar em junho, o real se descolou hoje dos seus pares emergentes, que subiam frente à moeda americana.
Analistas avaliam que a intenção do BC em atuar no mercado hoje é mostrar que vai aproveitar para reduzir o estoque de swap tradicionais e atuar no câmbio quando o real se descolar muito de seus pares, mas sem defender um patamar específico para a taxa de câmbio, diferente da atuação anterior do BC, que ao intensificar as atuações quando o dólar caía abaixo de R$ 3,50 levou o mercado a adotar esse nível como um piso para o câmbio. "A princípio parece que os parâmetros para o BC atuar no câmbio vão ser a volatilidade e velocidade de apreciação do real, que vinha se apreciando mais que seus pares desde o Brexit [decisão do Reino Unido no referendo de sair da União Europeia]", diz um gestor.
Os investidores, contudo, poderão testar o nível de tolerância do BC e buscar um patamar para o dólar baixo de R$ 3,20 novamente, avalia o gestor.
Para o diretor de tesouraria da unidade brasileira do Bank of China, Jayro Rezende, diferente da atuação da diretoria anterior do BC, o Ilan não deve se comprometer com um programa de swap cambial e optar por fazer atuações discricionárias, imprevistas, comparando o cenário doméstico e externo. Da mesma forma, o volume ofertado nos leilões será calibrado de acordo com o fluxo e apetite dos investidores.
Analistas afirmam que o fluxo na última semana após "Brexit" está mais positivo, tanto para investimentos quanto para portfólio. No mês, o saldo cambial está positivo em US$ 1,870 bilhão.
Em entrevista ao Valor, o presidente do BC não se comprometeu com um programa de swap.
"Não anunciamos um programa de todo o dia. Condições semelhantes demandam reações semelhantes, condições diferentes demandam reações diferentes", disse.
Embora acredite que o BC não deve mirar um patamar para o dólar, Rezende afirma que a autoridade monetária deve levar em conta uma taxa de câmbio que não prejudique as exportações e o ajuste da conta corrente.
01/07/2016 17:48:17
Após um período sem intervir no mercado de câmbio desde 18 de maio, o BC vendeu hoje todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra futura de dólar, operação que somou US$ 500 milhões. Trata-se da primeira intervenção da autoridade monetária no câmbio sob o comando do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn.
O dólar comercial subiu 0,61% cotado a R$ 3,2319. Com isso, a moeda americana cai 4,33% na semana. Já o contrato futuro para agosto avançava 0,56% para R$ 3,258.
Após liderar os ganhos frente ao dólar em junho, o real se descolou hoje dos seus pares emergentes, que subiam frente à moeda americana.
Analistas avaliam que a intenção do BC em atuar no mercado hoje é mostrar que vai aproveitar para reduzir o estoque de swap tradicionais e atuar no câmbio quando o real se descolar muito de seus pares, mas sem defender um patamar específico para a taxa de câmbio, diferente da atuação anterior do BC, que ao intensificar as atuações quando o dólar caía abaixo de R$ 3,50 levou o mercado a adotar esse nível como um piso para o câmbio. "A princípio parece que os parâmetros para o BC atuar no câmbio vão ser a volatilidade e velocidade de apreciação do real, que vinha se apreciando mais que seus pares desde o Brexit [decisão do Reino Unido no referendo de sair da União Europeia]", diz um gestor.
Os investidores, contudo, poderão testar o nível de tolerância do BC e buscar um patamar para o dólar baixo de R$ 3,20 novamente, avalia o gestor.
Para o diretor de tesouraria da unidade brasileira do Bank of China, Jayro Rezende, diferente da atuação da diretoria anterior do BC, o Ilan não deve se comprometer com um programa de swap cambial e optar por fazer atuações discricionárias, imprevistas, comparando o cenário doméstico e externo. Da mesma forma, o volume ofertado nos leilões será calibrado de acordo com o fluxo e apetite dos investidores.
Analistas afirmam que o fluxo na última semana após "Brexit" está mais positivo, tanto para investimentos quanto para portfólio. No mês, o saldo cambial está positivo em US$ 1,870 bilhão.
Em entrevista ao Valor, o presidente do BC não se comprometeu com um programa de swap.
"Não anunciamos um programa de todo o dia. Condições semelhantes demandam reações semelhantes, condições diferentes demandam reações diferentes", disse.
Embora acredite que o BC não deve mirar um patamar para o dólar, Rezende afirma que a autoridade monetária deve levar em conta uma taxa de câmbio que não prejudique as exportações e o ajuste da conta corrente.
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