Número de inadimplentes sobe em junho, aponta SPC
O número de inadimplentes aumentou 3,21% em junho, para 59,1 milhões de pessoas físicas, de acordo com levantamento do SPC Brasil e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Na comparação com maio, sem ajuste sazonal, houve queda de 0,77%. Em maio, o cadastro de devedores contava 59,25 milhões de consumidores. Em dezembro do ano passado, eram 57,1 milhões.
As dívidas aumentaram 3,24% em junho deste ano, ante o mesmo período de 2015. Nos dois anos anteriores, o crescimento fora praticamente o dobro: 6,46% em junho de 2015 e 6,18% em junho de 2014, na mesma base de comparação. Na variação mensal, frente a maio, sem ajuste sazonal, a queda foi de 1,0%.
As contas que os consumidores mais deixaram de pagar na comparação entre junho de 2016 e o mesmo mês do ano anterior foram as de serviços de comunicação, como TV por assinatura, internet e telefone, com alta anual de 7,40%. Em seguida estão atrasos com contas de água e luz (2,71%). Dívidas no comércio (2,61%) e pendências bancárias, como cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros (2,37%) completam o ranking.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a desaceleração do indicador de inadimplência não pode ser interpretado como um sinal de que os consumidores com contas em atraso estão quitando suas dívidas, mas como um reflexo do crédito mais restrito.
"Os juros elevados, a inflação corroendo o poder de compra e a perda de dinamismo do mercado de trabalho tornam os bancos e os estabelecimentos comerciais mais rigorosos e criteriosos na política de concessão de financiamentos e empréstimos, o que implica menor oferta de crédito na praça. Por sua vez, essa menor oferta de crédito funciona como um limitador do crescimento da inadimplência", afirma, em nota.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, acredita que, por ora, é precipitado atribuir os sinais de estabilidade da inadimplência ao desempenho da economia, já que a retomada da melhora do ambiente econômico, quando vier, exigirá tempo para traduzir-se em aumento do emprego e da renda.
"O freio na trajetória da inadimplência sucede um período em que o número de devedores cresceu muito rapidamente em virtude da crise econômica. O balanço do semestre, ao apontar 2 milhões de novos negativados apenas neste ano, é prova disso. O indicador mostra certa acomodação do número de inadimplentes. Ou seja, quem está com o nome sujo não consegue recuperar crédito, mas há também menos brasileiros se endividando", explica a economista, em nota.
Regiões
Repetindo comportamento de meses anteriores, a região Nordeste segue liderando a variação do número de devedores: a alta em junho foi de 5,04% na base anual de comparação.
Em seguida estão a região Norte (2,44%) e Sul (1,60%).
Na outra ponta, a região Centro-Oeste mostrou a menor alta entre as regiões pesquisadas, com crescimento de 0,81% em relação ao ano passado.
Na comparação com maio, sem ajuste sazonal, houve queda de 0,77%. Em maio, o cadastro de devedores contava 59,25 milhões de consumidores. Em dezembro do ano passado, eram 57,1 milhões.
As dívidas aumentaram 3,24% em junho deste ano, ante o mesmo período de 2015. Nos dois anos anteriores, o crescimento fora praticamente o dobro: 6,46% em junho de 2015 e 6,18% em junho de 2014, na mesma base de comparação. Na variação mensal, frente a maio, sem ajuste sazonal, a queda foi de 1,0%.
As contas que os consumidores mais deixaram de pagar na comparação entre junho de 2016 e o mesmo mês do ano anterior foram as de serviços de comunicação, como TV por assinatura, internet e telefone, com alta anual de 7,40%. Em seguida estão atrasos com contas de água e luz (2,71%). Dívidas no comércio (2,61%) e pendências bancárias, como cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros (2,37%) completam o ranking.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a desaceleração do indicador de inadimplência não pode ser interpretado como um sinal de que os consumidores com contas em atraso estão quitando suas dívidas, mas como um reflexo do crédito mais restrito.
"Os juros elevados, a inflação corroendo o poder de compra e a perda de dinamismo do mercado de trabalho tornam os bancos e os estabelecimentos comerciais mais rigorosos e criteriosos na política de concessão de financiamentos e empréstimos, o que implica menor oferta de crédito na praça. Por sua vez, essa menor oferta de crédito funciona como um limitador do crescimento da inadimplência", afirma, em nota.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, acredita que, por ora, é precipitado atribuir os sinais de estabilidade da inadimplência ao desempenho da economia, já que a retomada da melhora do ambiente econômico, quando vier, exigirá tempo para traduzir-se em aumento do emprego e da renda.
"O freio na trajetória da inadimplência sucede um período em que o número de devedores cresceu muito rapidamente em virtude da crise econômica. O balanço do semestre, ao apontar 2 milhões de novos negativados apenas neste ano, é prova disso. O indicador mostra certa acomodação do número de inadimplentes. Ou seja, quem está com o nome sujo não consegue recuperar crédito, mas há também menos brasileiros se endividando", explica a economista, em nota.
Regiões
Repetindo comportamento de meses anteriores, a região Nordeste segue liderando a variação do número de devedores: a alta em junho foi de 5,04% na base anual de comparação.
Em seguida estão a região Norte (2,44%) e Sul (1,60%).
Na outra ponta, a região Centro-Oeste mostrou a menor alta entre as regiões pesquisadas, com crescimento de 0,81% em relação ao ano passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.