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PIB brasileiro tem maior queda desde setembro de 2015, nota FGV

14/07/2016 09h41

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,41% em maio, na comparação com o mês anterior, feitos os ajustes sazonais, informa o Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior queda mensal da atividade desde setembro de 2015, quando houve decréscimo de 0,65%, informa a instituição. Em abril deste ano, o PIB encolheu 0,31%, respeitando o confronto mensal.

Na comparação do trimestre móvel terminado em maio com o trimestre imediatamente anterior (de dezembro a fevereiro), a retração da economia foi de 0,46%. Nesse tipo de confronto, a variação negativa tem diminuído há cinco meses. "Esse resultado [trimestral] pode estar apontando para uma possível melhora, ainda lenta, da atividade econômica", afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

Ante maio do ano passado, o PIB caiu 4%. É a mesma taxa de abril, no mesmo tipo de comparação.

Em 12 meses até maio, o PIB cedeu 4,7%, registrando uma ligeira melhora relativa ante os 12 meses encerrados em abril, quando a queda foi de 4,8%.

Entre abril e maio, agropecuária (+0,05%) e indústria (+0,01%) tiveram contribuição ligeiramente positiva. O dado negativo no lado da oferta ficou por conta dos serviços, que caíram 0,44%, influenciados pelo desempenho muito fraco do transporte (-7,94%) e da intermediação financeira (-0,81%). O comércio, que, no PIB, fica dentro do setor de serviços, aumentou 0,07%.

No lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,01% de abril para maio, enquanto o do governo diminuiu 0,24%. A formação bruta de capital fixo (medida de investimentos) recuou 0,53%. O setor externo deu contribuição negativa para o PIB em maio: as exportações caíram 1,03% e as importações cresceram 8,41%.

Perante maio de 2015, a agropecuária foi a única a registrar dado positivo, com avanço de 1,7%. Tiveram quedas expressivas indústria (-3,9%) e serviços (-3,5%). Do lado da demanda, o consumo das famílias encolheu 3,3%, o do governo recuou 0,6%, e a formação bruta de capital fixo cedeu 11,5%. As exportações cresceram 6,8% e as importações declinaram 1,6%.