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Em dia de calmaria nos mercados, Ibovespa cai e dólar sai a R$ 3,27

15/07/2016 13h56

Os mercados financeiros mundiais têm um dia calmo, após uma semana de volatilidade e busca por ativos de risco.

O Ibovespa segue as bolsas internacionais, que operam em leve queda. Pesou levemente sobre os mercados da Europa a notícia do atentado em Nice, na França, que deixou pelo menos 84 mortos. O dólar sobe em relação ao real, e as taxas de juros futuros oscilam entre estabilidade e leve alta.

Bolsa

O Ibovespa registra pequena baixa, em linha com as bolsas dos Estados Unidos. O índice caía 0,33% às 13h40, para 55.297 pontos. Os mercados acionários, em geral, operam com variações restritas hoje, com correção após uma semana positiva, puxada pela expectativa de mais injeção de recursos nos sistemas financeiros por bancos centrais. O Ibovespa bateu ontem a pontuação máxima desde maio do ano passado, numa sequência de sete altas.

As ações PNB da Cesp disparam e lideram as altas do Ibovespa. O ganho já superou 20% e há pouco era de 14,6%. Segundo operadores, os papéis reagem a notícias de que o governo paulista poderia analisar a possibilidade de privatizar a estatal de energia.

O tom de recuperação faz ações de mineração e siderurgia subirem. Avançam Usiminas PNA (6,9%), CSN (3,6%), Gerdau Metalúrgica (3,4%) e Gerdau PN (1,4%). Ontem, os credores da Usiminas aceitaram esticar por mais 60 dias o congelamento das obrigações da empresa.

Câmbio

O dólar abandonou a queda do começo do dia e passou a operar em alta frente ao real nesta sexta-feira, refletindo a força da moeda no exterior em um dia mais fraco para ativos de risco.

O volume de negócios, no entanto, é baixo, o que tira parte da representatividade do movimento.

Às 13h40, o dólar comercial subia 0,44%, para R$ 3,2733, enquanto a taxa do contrato futuro para agosto avançava 0,61%, a R$ 3,2865.

Apesar da alta de hoje, o dólar ainda acumula baixa de 0,7% nesta semana, com expectativas positivas para o Brasil diante da possibilidade de aumento de liquidez no exterior, com parte do fluxo adicional podendo migrar para o país.

Juros

Os juros futuros oscilam entre estabilidade e leve alta. Ainda assim, as taxas longas seguem próximas de mínimas em um ano e meio.

O contrato DI para janeiro de 2021 - mais associado à percepção de risco estrutural da economia - operava a 12,000% ao ano, ante 11,980% do ajuste anterior.

A três sessões do resultado do Copom, investidores fazem ajustes moderados nas taxas mais curtas, prevendo ainda estabilidade da Selic em 14,25% ao ano na próxima semana.

O DI janeiro de 2018 - que reflete apostas para movimentos da Selic de hoje até dezembro de 2017 - tinha taxa de 12,710%, contra 12,670% no último ajuste. E o DI janeiro de 2017 indicava 13,880%, ante 13,860% no ajuste anterior.