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Juros futuros de longo prazo têm mínima em 18 meses

05/08/2016 19h21

As taxas de DI na BM&F tiveram firmes quedas nesta sexta-feira, com o DI janeiro de 2021 tocando mínimas em 18 meses, impactado pela baixa do dólar ao piso em um ano e pelo sentimento de que a renda fixa brasileira se beneficiará mais do ambiente global de farta liquidez e apetite por risco.

Embora as taxas de médio e longo prazos tenham registrado as maiores quedas, foi o DI janeiro de 2017 que concentrou a liquidez, com mais de 215 mil contratos negociados. O giro elevado indica que o mercado seguiu ajustando apostas para os próximos movimentos da política monetária - no caso, colocando mais fichas em queda da Selic na reunião do Copom de outubro.

O IPCA de julho, a ser divulgado na próxima semana, pode mexer mais com essas apostas. O UBS vê o índice acelerar a 0,45%, contra 0,35% em junho, mas com queda no acumulado em 12 meses para 8,7% (8,8% em 12 meses até junho).

Ontem, comentários nas mesas de operação sugeriram que o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, teria soado ligeiramente mais "dovish" (com tendência ao afrouxamento monetário) em conversas com investidores de grandes instituições financeiras. Isso abriu espaço para especulações de que a queda da Selic poderia ser iniciada antes de a expectativa do mercado para o IPCA de 2017 cair ao centro da meta (4,5%).

A agenda de Ilan previa para esta sexta à tarde encontro com investidores da Brasil Warrant Investimentos e, depois, com economista-chefe da Gauss (Credit Suisse Hedging-Griffo), na sede do BC em São Paulo.

Ao fim da negociação normal, às 16h, o DI janeiro de 2017 - que captura as apostas para os movimentos da Selic de hoje até o fim de dezembro - caía a 13,955% ao ano, frente a 13,980% do ajuste de ontem.

O DI janeiro de 2021 - termômetro do sentimento de risco local - estava em 11,870% ao ano, contra 11,970% no ajuste da véspera. Na mínima, a taxa foi a 11,860%, menor patamar intradia desde 2 de fevereiro de 2015 (11,800%).

O DI janeiro de 2018 cedia a 12,710% ao ano, frente a 12,780% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2019 caía a 12,130%, contra 12,200% no último ajuste.