Juro do cartão fica estável em julho, mas mantém maior taxa desde 1995
Sem dar trégua, as taxas de juros das operações de crédito subiram em julho, completando 22 meses consecutivos de alta, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A elevação, no entanto, foi mais moderada em relação à registrada em meses anteriores. A taxa média para pessoa física pulou de 8,06% mensais em junho (153,5% ao ano) para 8,09% ao mês em julho (154,35% anuais). Conforme a pesquisa, trata-se do maior percentual desde setembro de 2003, quando o juro foi de 8,13% ao mês e 155,48% anuais.
No rotativo do cartão de crédito - modalidade mais cara do mercado -, os juros ficaram estáveis entre junho e julho. No mês passado, a linha apresentava taxa média de 15,22% ao mês, equivalente a 447,44% anuais. Mesmo com a estabilidade, o percentual ainda é o maior desde outubro de 1995 - na época, a taxa estava em 15,43% mensais e 459,53% ao ano.
No cheque especial, os juros atingiram o maior nível desde março de 1999. A taxa subiu para 12,1% ao mês (293,79% anuais) em julho, ante os 11,92% mensais (286,27% ao ano) apurados em junho.
Já no empréstimo pessoal em bancos, os juros recuaram, passando de 4,63% ao mês (72,14% anuais) em junho para 4,59% mensais (71,35% ao ano) em julho. Mesmo assim, o percentual é o mais elevado desde março deste ano, quando a taxa apurada foi de 4,58% ao mês e 71,15% anuais.
Das seis modalidades de crédito para pessoa física pesquisadas pela Anefac, três (cheque especial, CDB-bancos-financiamento de automóveis e empréstimo pessoal em financeiras) apresentaram elevação na taxa média de juros. O empréstimo pessoal em bancos e os juros do comércio, por sua vez, tiveram reduções.
Pessoa jurídica
Das três linhas de crédito para empresas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida), todas subiram em julho, segundo a Anefac. Modalidade mais cara, a conta garantida mostrou juros de 8,23% ao mês (158,33 anuais) em julho, ante 8,05% (153,22% ao ano) em junho.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 4,63% ao mês (72,14% ao ano) em junho para 4,72% ao mês (73,92% ao ano) em julho - maior patamar desde agosto de 2003 (4,86% ao mês e 76,73% ao ano).
Perspectivas
Segundo a Anefac, a tendência é de que os juros sigam a trajetória de elevação nos próximos meses. Contudo, a expectativa quanto à diminuição da Selic ainda este ano pode mudar esse cenário. "Este fato pode contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", afirma, em nota, Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas.
A elevação, no entanto, foi mais moderada em relação à registrada em meses anteriores. A taxa média para pessoa física pulou de 8,06% mensais em junho (153,5% ao ano) para 8,09% ao mês em julho (154,35% anuais). Conforme a pesquisa, trata-se do maior percentual desde setembro de 2003, quando o juro foi de 8,13% ao mês e 155,48% anuais.
No rotativo do cartão de crédito - modalidade mais cara do mercado -, os juros ficaram estáveis entre junho e julho. No mês passado, a linha apresentava taxa média de 15,22% ao mês, equivalente a 447,44% anuais. Mesmo com a estabilidade, o percentual ainda é o maior desde outubro de 1995 - na época, a taxa estava em 15,43% mensais e 459,53% ao ano.
No cheque especial, os juros atingiram o maior nível desde março de 1999. A taxa subiu para 12,1% ao mês (293,79% anuais) em julho, ante os 11,92% mensais (286,27% ao ano) apurados em junho.
Já no empréstimo pessoal em bancos, os juros recuaram, passando de 4,63% ao mês (72,14% anuais) em junho para 4,59% mensais (71,35% ao ano) em julho. Mesmo assim, o percentual é o mais elevado desde março deste ano, quando a taxa apurada foi de 4,58% ao mês e 71,15% anuais.
Das seis modalidades de crédito para pessoa física pesquisadas pela Anefac, três (cheque especial, CDB-bancos-financiamento de automóveis e empréstimo pessoal em financeiras) apresentaram elevação na taxa média de juros. O empréstimo pessoal em bancos e os juros do comércio, por sua vez, tiveram reduções.
Pessoa jurídica
Das três linhas de crédito para empresas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida), todas subiram em julho, segundo a Anefac. Modalidade mais cara, a conta garantida mostrou juros de 8,23% ao mês (158,33 anuais) em julho, ante 8,05% (153,22% ao ano) em junho.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 4,63% ao mês (72,14% ao ano) em junho para 4,72% ao mês (73,92% ao ano) em julho - maior patamar desde agosto de 2003 (4,86% ao mês e 76,73% ao ano).
Perspectivas
Segundo a Anefac, a tendência é de que os juros sigam a trajetória de elevação nos próximos meses. Contudo, a expectativa quanto à diminuição da Selic ainda este ano pode mudar esse cenário. "Este fato pode contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", afirma, em nota, Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas.
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