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Juros futuros fecham em alta na sessão desta segunda-feira na BM&F

08/08/2016 20h46

O dia foi de correção no mercado de juros, que fechou com taxas em alta, após o forte rali da sexta-feira. A correção tem como argumento o noticiário local do fim de semana, considerado negativo. Mas o nível das taxas, ainda próximo do observado na semana passada, e o volume baixo de negócios sugerem que não houve uma mudança de tendência, mas um ajuste.

Segundo operadores, o saldo de notícias do fim de semana não é suficientemente positivo para justificar uma melhora adicional nos preços. A delação do empresário Marcelo Odebrecht e a afirmação de Eliseu Padilha no Twitter de que os militares ficarão fora da reforma da Previdência são elementos que geram desconforto e servem de argumento para uma correção.

Hoje, em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou que não houve enfraquecimento das contrapartidas exigidas dos Estados na renegociação das dívidas, que crescimento das despesas estaduais ocorrerá em linha com a inflação. E que a reforma da Previdência seguirá curso paralelo e que o projeto será apresentado proximamente.

Logo no início da sessão, os juros mostravam ainda viés de baixa, seguindo o exterior e também reagindo à pesquisa Focus. Houve uma nova queda da estimativa para o IPCA no ano que vem, de 5,20% para 5,14%. Entre os Top 5, a projeção segue em 4,97% para 2016.

No encerramento do pregão regular, DI janeiro/2021 era negociado a 11,96%, depois de tocar a mínima de 11,86% mais cedo. No ajuste de sexta-feira, a taxa havia ficado em 11,85%. DI janeiro/2019 tinha taxa de 12,19%, de 12,12% na sexta, e DI janeiro/2018 era negociado a 12,74%, de 12,71%. O contrato com maior giro foi o janeiro/2021, que movimentou 92 mil contratos.