Juros futuros fecham próximo da estabilidade em sessão de baixo volume
Num dia de baixo volume de negócios, os juros terminaram a sessão perto do nível do fechamento de ontem. Segundo operadores, os movimentos nesse segmento de negócios são muito reduzidos porque faltam "drivers" para o mercado. Embora ainda predomine uma expectativa positiva com o cenário local e com o ingresso de recursos externos, agentes optaram por aguardar fatos mais concretos para ampliar posições vendidas.
A decisão da Câmara de aprovar o texto base da renegociação dos Estados sem a contrapartida que proibia reajustes reais do funcionalismo não foi bem vista pelos analistas. E, ainda que o cenário mais provável entre os especialistas seja de que o ajuste fiscal avance após a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, esse é um fator que limita a continuidade da melhora do mercado.
"Estou preocupado e apreensivo com a evolução da reforma fiscal e acredito que todos deveriam estar", afirma o professor da PUC-Rio, Marcio Garcia. "O Brasil não consegue segurar o crescimento dos gastos há décadas e os sinais até aqui não apontam para uma mudança dessa dinâmica."
Para Garcia, a saída virtuosa para a onda de apreciação cambial vivida pelo Brasil é que o ajuste fiscal caminhe num ritmo suficientemente ágil para abrir espaço para que o Banco Central comece a cortar os juros e, assim, limite o potencial de alta do real. "Hoje, o Banco Central consegue acelerar o resgate de swaps cambiais. Mas, se mantiver o ritmo, vai zerar o estoque em novembro. E aí, o que ele fará?", observa. "Se o fiscal tiver avançado, o BC terá espaço para cortar os juros, o que amenizaria essa questão."
No encerramento do pregão, o DI janeiro/2021 era negociado a 11,90%, ante 11,85% no ajuste de ontem. DI janeiro/2019 tinha taxa de 12,10%, de 12,11% ontem. Já DI janeiro/2018 oscilou de 12,65% para 12,64%. O DI mais negociado foi o vencimento janeiro/2018, que girou 120.800 contratos.
A decisão da Câmara de aprovar o texto base da renegociação dos Estados sem a contrapartida que proibia reajustes reais do funcionalismo não foi bem vista pelos analistas. E, ainda que o cenário mais provável entre os especialistas seja de que o ajuste fiscal avance após a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, esse é um fator que limita a continuidade da melhora do mercado.
"Estou preocupado e apreensivo com a evolução da reforma fiscal e acredito que todos deveriam estar", afirma o professor da PUC-Rio, Marcio Garcia. "O Brasil não consegue segurar o crescimento dos gastos há décadas e os sinais até aqui não apontam para uma mudança dessa dinâmica."
Para Garcia, a saída virtuosa para a onda de apreciação cambial vivida pelo Brasil é que o ajuste fiscal caminhe num ritmo suficientemente ágil para abrir espaço para que o Banco Central comece a cortar os juros e, assim, limite o potencial de alta do real. "Hoje, o Banco Central consegue acelerar o resgate de swaps cambiais. Mas, se mantiver o ritmo, vai zerar o estoque em novembro. E aí, o que ele fará?", observa. "Se o fiscal tiver avançado, o BC terá espaço para cortar os juros, o que amenizaria essa questão."
No encerramento do pregão, o DI janeiro/2021 era negociado a 11,90%, ante 11,85% no ajuste de ontem. DI janeiro/2019 tinha taxa de 12,10%, de 12,11% ontem. Já DI janeiro/2018 oscilou de 12,65% para 12,64%. O DI mais negociado foi o vencimento janeiro/2018, que girou 120.800 contratos.
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