Dólar sobe pelo quarto pregão de olho no exterior e no BC
Pela quarta sessão consecutiva, o dólar comercial fechou em alta. O ganho hoje foi bastante modesto, alcançado nos momentos finais da sessão, e ocorreu a despeito da queda da moeda americana em relação a algumas das principais divisas emergentes. De todo modo, com essa correção, a cotação retomou o maior patamar desde o dia 4 de agosto, quando fechou valendo R$ 3,1940.
O dólar fechou a terça-feira a R$ 3,1921, em alta de 0,15%, perto da máxima, de R$ 3,1946. Mas a cotação operou em queda durante a maior parte do dia e atingiu a mínima de R$ 3,1556. No mercado futuro, o contrato para setembro fechou a R$ 3,2075, alta de 0,11%.
Os mercados internacionais reagiram hoje à entrevista concedida pelo presidente do Fed de Nova York, William Dudley, à rede de TV americana "Fox Business Network", na qual ele disse que a taxa de juros dos EUA pode ser elevada já em setembro, conforme o mercado de trabalho se mostra mais apertado e aumentam evidências de ganhos salariais. "Estamos nos aproximando de um ponto em que será apropriado, acho, subir mais a taxa de juros", afirmou Dudley, que vota no Fomc - comitê do Fed que decide o rumo da política monetária americana.
Essa afirmação, na véspera da divulgação da ata do Fed, provocou a alta do dólar no mundo. Mas esse movimento perdeu força no decorrer da sessão e, às 17 horas, o Dollar Index recuava 0,83% para 94,75. Olhando para as moedas de risco, o dólar perdia 0,29% ante a lira turca, recuava 0,21% na comparação ao peso mexicano, oscilava -0,03% na comparação à rupia e caía 0,57% ante o rublo.
Esse descolamento do real em relação a seus pares é explicado pelos especialistas a alguns fatores, entre eles, o forte ganho observado pela moeda brasileira no ano. "O real tem uma gordura acumulada no ano, período no qual a moeda brasileira teve uma performance melhor do que as demais divisas", explica o especialista em câmbio da Icap Italo Abucater. Para ele, com a maior cautela inspirada pela espera pela ata de amanhã, investidores devem ter visto oportunidade de arbitragem com o real, o que explica essa correção. Mas, para ele, a perspectiva ainda é de fluxo para o país, dado o ambiente global de forte liquidez. "Mas deve ser um fluxo de curto prazo, totalmente especulativo, voltado para ?carry trade'", afirma.
Mas há uma parte do mercado enxergando no reforço da atuação do Banco Central por meio da oferta de swap cambial reverso um elemento adicional para esse ajuste visto no real. Desde a quinta-feira passada, o BC vem vendendo R$ 750 milhões desses contratos - que equivalem à compra de moeda no mercado futuro - por dia. E foi a partir daí que a trajetória da moeda passou a ser de alta, ainda que em um ritmo moderado. "Parece que esse aumento da venda de swap reversos está machucando os vendidos", diz um operador de um banco de São Paulo.
O dólar fechou a terça-feira a R$ 3,1921, em alta de 0,15%, perto da máxima, de R$ 3,1946. Mas a cotação operou em queda durante a maior parte do dia e atingiu a mínima de R$ 3,1556. No mercado futuro, o contrato para setembro fechou a R$ 3,2075, alta de 0,11%.
Os mercados internacionais reagiram hoje à entrevista concedida pelo presidente do Fed de Nova York, William Dudley, à rede de TV americana "Fox Business Network", na qual ele disse que a taxa de juros dos EUA pode ser elevada já em setembro, conforme o mercado de trabalho se mostra mais apertado e aumentam evidências de ganhos salariais. "Estamos nos aproximando de um ponto em que será apropriado, acho, subir mais a taxa de juros", afirmou Dudley, que vota no Fomc - comitê do Fed que decide o rumo da política monetária americana.
Essa afirmação, na véspera da divulgação da ata do Fed, provocou a alta do dólar no mundo. Mas esse movimento perdeu força no decorrer da sessão e, às 17 horas, o Dollar Index recuava 0,83% para 94,75. Olhando para as moedas de risco, o dólar perdia 0,29% ante a lira turca, recuava 0,21% na comparação ao peso mexicano, oscilava -0,03% na comparação à rupia e caía 0,57% ante o rublo.
Esse descolamento do real em relação a seus pares é explicado pelos especialistas a alguns fatores, entre eles, o forte ganho observado pela moeda brasileira no ano. "O real tem uma gordura acumulada no ano, período no qual a moeda brasileira teve uma performance melhor do que as demais divisas", explica o especialista em câmbio da Icap Italo Abucater. Para ele, com a maior cautela inspirada pela espera pela ata de amanhã, investidores devem ter visto oportunidade de arbitragem com o real, o que explica essa correção. Mas, para ele, a perspectiva ainda é de fluxo para o país, dado o ambiente global de forte liquidez. "Mas deve ser um fluxo de curto prazo, totalmente especulativo, voltado para ?carry trade'", afirma.
Mas há uma parte do mercado enxergando no reforço da atuação do Banco Central por meio da oferta de swap cambial reverso um elemento adicional para esse ajuste visto no real. Desde a quinta-feira passada, o BC vem vendendo R$ 750 milhões desses contratos - que equivalem à compra de moeda no mercado futuro - por dia. E foi a partir daí que a trajetória da moeda passou a ser de alta, ainda que em um ritmo moderado. "Parece que esse aumento da venda de swap reversos está machucando os vendidos", diz um operador de um banco de São Paulo.
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