Dólar fecha em queda, mas desempenho depende de ajustes fiscais
A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff por 61 votos a favor e 20 contra veio em linha com o esperado pelo mercado e contribuiu para a consolidação da queda do dólar frente ao real, com os investidores intensificando as vendas da moeda americana no último dia do mês. A continuidade desse movimento, no entanto, segundo analistas, vai depender do avanço das medidas de ajuste fiscal e do cenário internacional, especialmente da política monetária nos Estados Unidos.
O dólar comercial fechou em baixa de 0,24% a R$ 3,2306, em dia de volatilidade. Com isso, a moeda americana encerrou o mês em queda de 0,38% e acumula desvalorização de 18,34% no ano.
No mercado futuro, o contrato para setembro recuava 0,09% para R$ 3,24.
Para o economista da Guide Investimentos, Ignacio Rey, o resultado do impeachment foi positivo e mostrou o apoio ao governo de Michel Temer, mas o mercado agora deve aumentar a pressão para ver a aprovação das medidas de ajuste fiscal , como a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que limita o aumento de gastos do governo à inflação do ano anterior, importante para o controle das contas públicas. "A pressão agora sobre o governo tende a se intensificar. A paciência do mercado têm diminuído", diz Rey.
O economista afirma, no entanto, que é difícil que essa medida seja aprovada antes das eleições municipais em outubro. Por isso, daqui para frente, a recuperação dos mercados pode não ser linear.
A economista-chefe da Arx Investimentos, Solange Srour, lembra que o cenário internacional, que tem beneficiado a alta dos ativos locais, já não está mais tão positivo para investimentos de risco, com o mercado cauteloso em relação ao aumento da taxa básica de juros nos Estados Unidos. "O Fed sinalizou que está mais perto de subir a taxa de juros e o espaço para uma valorização maior do real agora ficará a mercê da política fiscal", diz.
Investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego ("payroll") nos Estados Unidos, previsto para sexta-feira, que será um elemento que poderá reforçar ou não a chance de uma alta da taxa de juros americana no curto prazo.
Hoje os dados de emprego no setor privado nos EUA vieram abaixo do esperado e contribuíram para que o dólar reduzisse a alta frente às moedas emergentes. A moeda americana recuava 0,08% em relação ao dólar australiano, 0,19% diante da lira turca e 0,04% em relação ao peso mexicano.
No mercado local, os investidores aguardam a possibilidade do anúncio da continuidade das vendas de swap cambial reverso em setembro.
Para o diretor de tesouraria da unidade brasileira do Bank of China, Jayro Rezende, dado que não houve uma forte reação dos mercados hoje com a aprovação do impeachment, é provável que o Banco Central mantenha o ritmo e oferte um lote de 10 mil contratos de swap cambial reverso para amanhã, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro.
Em agosto, o BC chegou a aumentar o ritmo de intervenção no câmbio e ampliar a oferta de contratos de swap cambial reverso para 15 mil contratos após o dólar ter alcançado a mínima desde de 13 de julho de 2015, a R$ 3,1315, depois de sete pregões consecutivos de queda.
O dólar comercial fechou em baixa de 0,24% a R$ 3,2306, em dia de volatilidade. Com isso, a moeda americana encerrou o mês em queda de 0,38% e acumula desvalorização de 18,34% no ano.
No mercado futuro, o contrato para setembro recuava 0,09% para R$ 3,24.
Para o economista da Guide Investimentos, Ignacio Rey, o resultado do impeachment foi positivo e mostrou o apoio ao governo de Michel Temer, mas o mercado agora deve aumentar a pressão para ver a aprovação das medidas de ajuste fiscal , como a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que limita o aumento de gastos do governo à inflação do ano anterior, importante para o controle das contas públicas. "A pressão agora sobre o governo tende a se intensificar. A paciência do mercado têm diminuído", diz Rey.
O economista afirma, no entanto, que é difícil que essa medida seja aprovada antes das eleições municipais em outubro. Por isso, daqui para frente, a recuperação dos mercados pode não ser linear.
A economista-chefe da Arx Investimentos, Solange Srour, lembra que o cenário internacional, que tem beneficiado a alta dos ativos locais, já não está mais tão positivo para investimentos de risco, com o mercado cauteloso em relação ao aumento da taxa básica de juros nos Estados Unidos. "O Fed sinalizou que está mais perto de subir a taxa de juros e o espaço para uma valorização maior do real agora ficará a mercê da política fiscal", diz.
Investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego ("payroll") nos Estados Unidos, previsto para sexta-feira, que será um elemento que poderá reforçar ou não a chance de uma alta da taxa de juros americana no curto prazo.
Hoje os dados de emprego no setor privado nos EUA vieram abaixo do esperado e contribuíram para que o dólar reduzisse a alta frente às moedas emergentes. A moeda americana recuava 0,08% em relação ao dólar australiano, 0,19% diante da lira turca e 0,04% em relação ao peso mexicano.
No mercado local, os investidores aguardam a possibilidade do anúncio da continuidade das vendas de swap cambial reverso em setembro.
Para o diretor de tesouraria da unidade brasileira do Bank of China, Jayro Rezende, dado que não houve uma forte reação dos mercados hoje com a aprovação do impeachment, é provável que o Banco Central mantenha o ritmo e oferte um lote de 10 mil contratos de swap cambial reverso para amanhã, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro.
Em agosto, o BC chegou a aumentar o ritmo de intervenção no câmbio e ampliar a oferta de contratos de swap cambial reverso para 15 mil contratos após o dólar ter alcançado a mínima desde de 13 de julho de 2015, a R$ 3,1315, depois de sete pregões consecutivos de queda.
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