Juros futuros mais longos caem com aprovação do impeachment
A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff por 61 votos a favor e 20 contra no Senado veio em linha com o esperado pelo mercado e abriu espaço para a queda das taxas de juros de longo prazo. Já os juros de curto prazo fecharam em alta na BM&F, apesar do resultado pior que o esperado do PIB do segundo trimestre, com os investidores devendo voltar o foco agora para o avanço das medidas de ajuste fiscal no Congresso.
O ajuste das contas públicas é um dos principais fatores para a decisão do Banco Central sobre o início do corte da taxa básica de juros. O mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, que será anunciada ainda nesta quarta-feira.
No mercado de juros, o DI para janeiro de 2017 subiu de 14% para 14,015%, enquanto o DI para 2018 caiu de 12,77% para 12,76%. E o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,14% para 12,06%.
Para o economista da Guide Investimentos, Ignacio Rey, o resultado do impeachment foi positivo e mostrou o apoio ao governo Temer, mas o mercado agora deve aumentar a pressão para ver a aprovação das medidas de ajuste fiscal , como a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. "A pressão agora sobre o governo tende a se intensificar. A paciência do mercado tem diminuído, o que se refletiu nas taxas de juros de longo prazo em agosto", diz Rey.
O economista afirma, no entanto, que é difícil que essa medida seja aprovada antes das eleições municipais, em outubro. Por isso, daqui para frente, a recuperação dos mercados pode não ser linear, avalia.
Apesar de o PIB do segundo trimestre ter vindo pior que o esperado mostrando uma queda de 0,6%, o sexto recuo consecutivo, a economista-chefe da Arx Investimentos, Solange Srour, acredita que o BC deve manter o discurso que os riscos para a inflação estão presentes. "Há uma melhora das expectativas, mas a inflação corrente ainda está alta e o resultado fiscal é incerto", diz.
A economista espera manutenção da taxa básica de juros na reunião do Copom, prevendo um corte de 0,25 ponto da Selic no próximo encontro, em outubro. Com isso, a taxa encerraria o ano em 13,50%.
Para Solange, um ponto importante para o BC ter conforto para cortar a taxa de juros é a aprovação da PEC dos gastos. A economista destaca que o governo terá um prazo curto para aprovar as reformas como a da previdência, e que é importante que essa medida seja encaminhada ainda neste ano. "A lua de mel do mercado com o governo acabou, agora é uma nova cobrança", diz.
O ajuste das contas públicas é um dos principais fatores para a decisão do Banco Central sobre o início do corte da taxa básica de juros. O mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, que será anunciada ainda nesta quarta-feira.
No mercado de juros, o DI para janeiro de 2017 subiu de 14% para 14,015%, enquanto o DI para 2018 caiu de 12,77% para 12,76%. E o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,14% para 12,06%.
Para o economista da Guide Investimentos, Ignacio Rey, o resultado do impeachment foi positivo e mostrou o apoio ao governo Temer, mas o mercado agora deve aumentar a pressão para ver a aprovação das medidas de ajuste fiscal , como a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. "A pressão agora sobre o governo tende a se intensificar. A paciência do mercado tem diminuído, o que se refletiu nas taxas de juros de longo prazo em agosto", diz Rey.
O economista afirma, no entanto, que é difícil que essa medida seja aprovada antes das eleições municipais, em outubro. Por isso, daqui para frente, a recuperação dos mercados pode não ser linear, avalia.
Apesar de o PIB do segundo trimestre ter vindo pior que o esperado mostrando uma queda de 0,6%, o sexto recuo consecutivo, a economista-chefe da Arx Investimentos, Solange Srour, acredita que o BC deve manter o discurso que os riscos para a inflação estão presentes. "Há uma melhora das expectativas, mas a inflação corrente ainda está alta e o resultado fiscal é incerto", diz.
A economista espera manutenção da taxa básica de juros na reunião do Copom, prevendo um corte de 0,25 ponto da Selic no próximo encontro, em outubro. Com isso, a taxa encerraria o ano em 13,50%.
Para Solange, um ponto importante para o BC ter conforto para cortar a taxa de juros é a aprovação da PEC dos gastos. A economista destaca que o governo terá um prazo curto para aprovar as reformas como a da previdência, e que é importante que essa medida seja encaminhada ainda neste ano. "A lua de mel do mercado com o governo acabou, agora é uma nova cobrança", diz.
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