BC evita elevar aposta em corte da Selic e juros futuros têm leve alta
Os juros futuros fecharam a sessão em leve alta, refletindo tanto questões locais quanto externas. Aqui, a ausência de um sinal adicional por parte do Banco Central de que há um corte de juros contratado para outubro - e de que ele será mais forte, de 0,5 ponto - justificou uma correção das taxas, que haviam derretido na sessão de ontem. Lá fora, uma onda de aversão ao risco, provocada por rumores a respeito da direção da política monetária dos grandes BCs, colocou os juros dos Treasuries para cima, reforçando o movimento ascendente da curva a termo.
Na BM&F, o DI janeiro/2018 encerrou a sessão com taxa de 12,16% (12,09% ontem); o DI janeiro/2019 subiu de 11,51% para 11,57% e o DI janeiro/2021 terminou a sessão regular a 11,48%, ante 11,38% ontem.
Logo cedo, o mercado já demonstrava inclinação a algum ajuste, dado o forte movimento visto ontem, quando as perspectivas sobre o avanço da pauta fiscal tornaram-se ainda mais positivas. Mas muita gente acreditava que a deixa para uma queda adicional viria das declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, que participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Mas Ilan não deu nenhum novo sinal. Repetiu praticamente as mesmas afirmações que havia feito em evento em São Paulo no dia 21 e também as informações que já estavam o Relatório de Inflação. Com isso, manteve a possibilidade de corte de 0,25 ponto na área, sem dar argumentos adicionais para mais que isso.
Segundo operadores, a fala de Ilan foi lida à luz do tom adotado por diretores do Banco Central, que vêm mantendo conversas com representantes do mercado desde a sexta-feira passada e que também não corroboraram a teoria de que, se o BC tiver sinais firmes de que a PEC do teto dos gastos for aprovada em outubro, ganhará espaço para reduzir a Selic, hoje em 14,25%, para 13,75%. A afirmação dos interlocutores do BC é que a PEC aprovada "está no preço". E não vai definir, portanto, o ritmo de corte como muita gente acredita. Assim, muitos que participaram desses encontros voltou considerando um corte de 0,25 ponto mais provável. "Mas isso não significa que o risco de haver um corte de 0,5 ponto tenha acabado. O mercado seguirá trabalhando com essa hipótese", diz um especialista.
Na cena internacional, rumores de que o Banco Central Europeu poderia reduzir gradualmente seu programa de compras de ativos antes de encerrá-lo oficialmente em março de 2017 mexeram com ativos de risco, especialmente com moedas e taxas de juros. A notícia reforçou um movimento que já havia começado quando o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker (que não vota nas decisões de juro), disse que o BC americano deveria subir os juros para evitar uma aceleração indesejada da inflação que obrigasse altas mais fortes da taxa básica de juros à frente. Ontem, Loretta Mester, do Fed de Cleveland e que vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), afirmou que altas de juros devem continuar no radar até o fim do ano.
Embora uma alta de juros pelo Fed neste ano não seja algo inesperado, essa reação do mercado demonstra o nível de preocupação que ainda existe entre agentes a respeito do que será o ambiente internacional em termos de liquidez global, dado esse cenário incerto que se vê à frente.
Na BM&F, o DI janeiro/2018 encerrou a sessão com taxa de 12,16% (12,09% ontem); o DI janeiro/2019 subiu de 11,51% para 11,57% e o DI janeiro/2021 terminou a sessão regular a 11,48%, ante 11,38% ontem.
Logo cedo, o mercado já demonstrava inclinação a algum ajuste, dado o forte movimento visto ontem, quando as perspectivas sobre o avanço da pauta fiscal tornaram-se ainda mais positivas. Mas muita gente acreditava que a deixa para uma queda adicional viria das declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, que participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Mas Ilan não deu nenhum novo sinal. Repetiu praticamente as mesmas afirmações que havia feito em evento em São Paulo no dia 21 e também as informações que já estavam o Relatório de Inflação. Com isso, manteve a possibilidade de corte de 0,25 ponto na área, sem dar argumentos adicionais para mais que isso.
Segundo operadores, a fala de Ilan foi lida à luz do tom adotado por diretores do Banco Central, que vêm mantendo conversas com representantes do mercado desde a sexta-feira passada e que também não corroboraram a teoria de que, se o BC tiver sinais firmes de que a PEC do teto dos gastos for aprovada em outubro, ganhará espaço para reduzir a Selic, hoje em 14,25%, para 13,75%. A afirmação dos interlocutores do BC é que a PEC aprovada "está no preço". E não vai definir, portanto, o ritmo de corte como muita gente acredita. Assim, muitos que participaram desses encontros voltou considerando um corte de 0,25 ponto mais provável. "Mas isso não significa que o risco de haver um corte de 0,5 ponto tenha acabado. O mercado seguirá trabalhando com essa hipótese", diz um especialista.
Na cena internacional, rumores de que o Banco Central Europeu poderia reduzir gradualmente seu programa de compras de ativos antes de encerrá-lo oficialmente em março de 2017 mexeram com ativos de risco, especialmente com moedas e taxas de juros. A notícia reforçou um movimento que já havia começado quando o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker (que não vota nas decisões de juro), disse que o BC americano deveria subir os juros para evitar uma aceleração indesejada da inflação que obrigasse altas mais fortes da taxa básica de juros à frente. Ontem, Loretta Mester, do Fed de Cleveland e que vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), afirmou que altas de juros devem continuar no radar até o fim do ano.
Embora uma alta de juros pelo Fed neste ano não seja algo inesperado, essa reação do mercado demonstra o nível de preocupação que ainda existe entre agentes a respeito do que será o ambiente internacional em termos de liquidez global, dado esse cenário incerto que se vê à frente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.