Juros futuros fecham em alta na BM&F com piora do ambiente externo
Os juros futuros fecharam em alta na BM&F, com a piora do ambiente externo se sobrepondo ao impacto positivo gerado pela aprovação na segunda-feira da PEC dos gastos em primeiro turno na Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada ontem por 366 votos a favor, bem acima dos 308 votos necessários para passar a medida.
O DI para janeiro de 2018 subiu de 11,99% para 12% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 11,33% para 11,38%. E o DI para janeiro de 2021 teve alta de 11,22% para 11,26%.
O economista sênior do Haitong Brasil, Flavio Serrano, lembra que a aprovação da medida na Câmara já tinha sido amplamente antecipada pelo mercado e, por isso, a notícia não foi suficiente para anular o efeito da maior aversão a ativos de risco hoje, vinda do exterior, diante do crescimento das apostas em uma alta de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
A aprovação da PEC foi vista como um sinal positivo pelo mercado e reforça a perspectiva de que o governo está conseguindo avançar com a agenda fiscal. A medida reforça o debate se o Banco Central tem espaço para promover um corte de 0,50 ponto percentual da Selic na semana que vem. Na avaliação de alguns economistas, isso não é suficiente para o BC alterar seu plano de voo em relação à flexibilização da política monetária.
O ajuste fiscal é um dos elementos pontuados pelo Banco Central como condição para iniciar a flexibilização da política monetária, juntamente com a queda dos preços de alimentos e desaceleração em ritmo adequado da inflação de serviços. "O BC está avaliando o conjunto, e não seria nem necessária a aprovação ontem da PEC 241 para que cortasse juros em outubro. A inflação de alimentos e serviços tem elementos que podem reforçar que o choque ficou para trás", afirma Serrano.
Essa desaceleração da inflação, contudo, ainda é muito recente, e o Banco Central, segundo o econimista, deve manter a postura cautelosa no início do ciclo de afrouxamento monetário. "O BC vai querer observar os principais indicadores e ver a consistência desse movimento, que ainda é inclusivo", diz Serrano, que mantém a projeção de um corte de 0,25 ponto da Selic em outubro.
O economista destaca que a autoridade monetária tem lembrado do "interregno benigno" no cenário internacional, com a liquidez elevada nos mercados beneficiando as economias emergentes, mas que isso pode mudar com o Federal Reserve (banco central americano) se aproximando do momento de subir novamente a taxa básica de juros. "Isso pode fazer com que o câmbio volte a subir e atrapalhar a convergência da inflação. Por isso, o BC tende a tomar decisões mais cautelosamente", diz.
O DI para janeiro de 2018 subiu de 11,99% para 12% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 11,33% para 11,38%. E o DI para janeiro de 2021 teve alta de 11,22% para 11,26%.
O economista sênior do Haitong Brasil, Flavio Serrano, lembra que a aprovação da medida na Câmara já tinha sido amplamente antecipada pelo mercado e, por isso, a notícia não foi suficiente para anular o efeito da maior aversão a ativos de risco hoje, vinda do exterior, diante do crescimento das apostas em uma alta de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
A aprovação da PEC foi vista como um sinal positivo pelo mercado e reforça a perspectiva de que o governo está conseguindo avançar com a agenda fiscal. A medida reforça o debate se o Banco Central tem espaço para promover um corte de 0,50 ponto percentual da Selic na semana que vem. Na avaliação de alguns economistas, isso não é suficiente para o BC alterar seu plano de voo em relação à flexibilização da política monetária.
O ajuste fiscal é um dos elementos pontuados pelo Banco Central como condição para iniciar a flexibilização da política monetária, juntamente com a queda dos preços de alimentos e desaceleração em ritmo adequado da inflação de serviços. "O BC está avaliando o conjunto, e não seria nem necessária a aprovação ontem da PEC 241 para que cortasse juros em outubro. A inflação de alimentos e serviços tem elementos que podem reforçar que o choque ficou para trás", afirma Serrano.
Essa desaceleração da inflação, contudo, ainda é muito recente, e o Banco Central, segundo o econimista, deve manter a postura cautelosa no início do ciclo de afrouxamento monetário. "O BC vai querer observar os principais indicadores e ver a consistência desse movimento, que ainda é inclusivo", diz Serrano, que mantém a projeção de um corte de 0,25 ponto da Selic em outubro.
O economista destaca que a autoridade monetária tem lembrado do "interregno benigno" no cenário internacional, com a liquidez elevada nos mercados beneficiando as economias emergentes, mas que isso pode mudar com o Federal Reserve (banco central americano) se aproximando do momento de subir novamente a taxa básica de juros. "Isso pode fazer com que o câmbio volte a subir e atrapalhar a convergência da inflação. Por isso, o BC tende a tomar decisões mais cautelosamente", diz.
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