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Juros futuros de longo prazo recuam nesta segunda-feira na BM&F

17/10/2016 18h46

Os juros futuros de longo prazo recuaram, devido ao cenário de menor aversão a risco no exterior. Já as taxas de curto prazo ficaram estáveis na BM&F, com os investidores adotando maior cautela à espera da decisão de política monetária do Banco Central na quarta-feira.

O DI para janeiro de 2018 fechou estável a 11,97% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 11,36% para 11,34% e o DI para janeiro de 2021 caiu de 11,27% para 11,24%.

Na Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a mediana das estimativas dos agentes de mercado para corte da taxa Selic em outubro se manteve estável em 0,25 ponto percentual, mas a projeção de queda para novembro subiu de 0,25 ponto para 0,50 ponto, com a estimativa para a taxa básica de juros para o fim deste ano passando de 13,75% para 13,50%. A mediana das projeções para 2017 ficou estável em 11%.

Já a mediana das projeções para a inflação mostrou um recuo de 7,04% para 7,01% para o fim de 2016 e de 5,06% para 5,04% para o fim de 2017.

O recuo das projeções vem após a Petrobras ter anunciado na sexta-feira uma redução dos preços dos combustíveis. A Petrobras anunciou um corte de 2,7% nos preços do diesel e de 3,2% para a gasolina nas refinarias.

Segundo o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno, o fato de as expectativas de inflação para 2017 ainda estarem acima do centro da meta, de 4,5%, na Pesquisa Focus, pode servir de justificativa para o BC optar por um corte menor da taxa básica de juros. Mas ele acredita que a autoridade monetária não deve dar um indicação clara no comunicado, que será divulgado após a reunião, sobre o ritmo de corte de juros daqui para frente.

Nepomuceno destaca que a queda dos preços dos combustíveis na bomba não é automática, uma vez que nem todos os postos podem repassar o ajuste. Além disso, esse efeito deve ser diluído até o fim do ano, não devendo ter grande impacto já para a inflação deste mês. "Pode ser que não mude tanto o preço para o consumidor, mas o fato de a Petrobras passar a acompanhar os preços no mercado internacional é um sinal positivo, que ajuda a reduzir os prêmios de risco, por isso, as taxas de juros de médio e longo prazos caíram", diz.

O avanço da agenda fiscal continua no radar dos investidores. Depois da aprovação da PEC 241 que limita os gastos do governo à inflação, no primeiro turno na Câmara, o mercado aguarda a votação em segundo turno da medida no plenário da casa, prevista para 24 de outubro.