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Bovespa encerra novembro com queda de 4,65%

30/11/2016 18h46

No último dia de novembro, o Ibovespa fechou com alta de 1,51% aos 61.906 pontos, mas no mês, o índice acumula queda de 4,65%. O movimento positivo de hoje foi determinado pela alta do preço do petróleo no mercado internacional, que subiu mais de 9%. A valorização aconteceu depois que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) concordou em reduzir a produção do petróleo, o que deve elevar o preço do produto.

Haverá uma redução de 1,2 milhão de barris de petróleo, limitando a produção dos países membros do cartel em 33,6 milhões de barris. De acordo com integrantes do grupo, o objetivo da Opep é atingir preços entre US$ 55 e US$ 60 por barril, o que ajudaria a impulsionar as economias dependentes do petróleo, que foram seriamente prejudicadas por dois anos de preços que ficaram abaixo de US$ 50.

A alta do preço do barril do petróleo fez com que as ações da Petrobras registrassem as maiores altas do Ibovespa. Os papéis preferenciais subiram 9,14% e as ações ordinárias tiveram alta de 10,60%. Os negócios com os papéis da estatal fizeram com que o volume financeiro ficasse em 19% do giro do Ibovespa, que marcou R$ 8,5 bilhões.

"A alta do preço do petróleo inibiu outros fatores que poderiam derrubar o Ibovespa como a retração do PIB e a baixa no preço do minério de ferro", diz Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos. Hoje, foi divulgado que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil caiu 0,80% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, o PIB caiu 4%, maior recuo desde 1996.

A cotação do minério de ferro caiu 6,8% no porto chinês de Qingdao, na China, atingindo US$ 72,08 a tonelada. As ações ordinárias da Vale tiveram baixa de 3,84% e os papéis PNA caíram 3,04%. As ações PNA da Usiminas caíram 3,49%. Os papéis da Gerdau Metalúrgica tinham baixa de 3,47% e as ações da CSN recuaram 2,36%.

De acordo com Crespo, a aprovação da PEC dos Gastos em primeiro turno no Senado, ontem, reforçou o compromisso do governo com o ajuste fiscal. Ele também afirma que o congresso pode apreciar as mudanças na previdência social. São fatores que são bem avaliados pelo mercado financeiro.