Ibovespa cai com Petrobras e dólar vale menos de R$ 3,39
O Ibovespa teve uma manhã positiva, mas reduziu paulatinamente os ganhos até mudar de direção. Às 13h43, o índice da Bolsa paulista registrava baixa de 0,41%, aos 61.165 pontos.
O principal motivo da virada é a ampliação das perdas de Petrobras. O papel PN perdia 0,88% e o ON declinava 0,44%. O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) limitou o programa de venda de ativos da Petrobras, em uma medida que pode atrasar a conclusão do seu plano de desinvestimentos, necessário para a redução do endividamento da empresa. Em uma decisão unânime, o plenário determinou que a estatal não feche negócios enquanto o órgão não concluir a análise do mérito do programa, sobre o qual pairam riscos de legalidade formal e material.
No exterior, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu estender seu programa de compras de ativos em nove meses, até dezembro de 2017. O BC manterá o volume de compras em 80 bilhões de euros até março de 2017, mas reduzirá as compras para 60 bilhões de euros a partir de abril.
O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou em entrevista após a decisão que, se a perspectiva se tornar menos favorável, o conselho pretende aumentar as compras de ativos.
O mercado reagiu pela manhã positivamente à decisão do STF de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. A decisão do STF foi recebida com alívio pelo Palácio do Planalto. A expectativa agora é pelo prosseguimento da votação da PEC dos gastos, que já foi aprovada em votação em primeiro turno no Senado.
Os bancos operam sem tendência definida. Itaú PN subia 0,21%, Bradesco PN caía 0,42%, BB ON recuava 0,37% e Santander ganhava 0,78%. Ontem, saiu a notícia de que o Cade instaurou processo para investigar suposto cartel de câmbio brasileiro envolvendo o real, que envolve dez instituições financeiras e 19 pessoas físicas. As instituições são BBM, BNP Paribas, BTG Pactual, Citibank e HSBC. Há indícios de que outros bancos participaram, em menor grau, no contato entre concorrentes: ABN Amro Real, Fibra, Itaú, Santander e Société Générale.
Fora do Ibovespa, as ações ON do Fleury avançavam 4,61% e eram destaque de alta na Bovespa. O conselho de administração do grupo aprovou o pagamento de R$ 331,2 milhões em proventos aos acionistas, que serão distribuídos em 23 de dezembro. Terão direito aos proventos os acionistas com posição em 12 de dezembro.
Câmbio
O dólar abriu em baixa, tomou fôlego e passou a operar com valorização ante o real, mas voltou ao campo negativo nesta tarde. Os investidores acompanham a cena externa.
Embora tenha afirmado que continuará comprando títulos até o fim de dezembro de 2017 ou além, se necessário, o Banco Central Europeu (BCE) avisou que vai reduzir, a partir de abril, de 80 bilhões de euros para 60 bilhões de euros o montante mensal de compras de papéis.
O volume menor de estímulos vem num momento em que os mercados globais mostram ansiedade com a probabilidade de altas de juros nos Estados Unidos, que podem se estender para além de dezembro caso o presidente americano eleito, Donald Trump, implemente medidas consideradas inflacionárias.
O mercado brasileiro reage à decisão do STF de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) à frente do Senado Federal. O entendimento é que a decisão do STF - que por seis votos a três manteve Renan no cargo, mas o tirou da linha sucessória da Presidência da República - ameniza a instabilidade institucional que se formou com a escalada do embate entre o Judiciário e o Legislativo. Com Renan - que é do mesmo partido do presidente Michel Temer - no Senado, o mercado não vê piora na perspectiva de cumprimento do cronograma de votações das reformas fiscais.
Às 13h49, o dólar comercial perdia 0,40%, saindo a R$ 3,3899, depois de cair 0,96% mais cedo. O dólar para janeiro - que já embutiu ontem a permanência de Renan à frente do Senado - tinha alta de 0,18%, a R$ 3,4135.
Em média, as principais moedas emergentes chegaram a recuar mais de 1%, na maior queda desde o tombo de 3,58% do dia 10 de novembro, em plena reação à vitória de Donald Trump na corrida presidencial americana.
Juros
Os juros futuros de longo prazo seguem em queda nesta quinta-feira, embora tenham saído das mínimas do dia, conforme o dólar ganhou força e as taxas de juros de mercado em países desenvolvidos passaram a registrar forte alta após o BCE anunciar redução de estímulos monetários.
Segundo profissionais, o alívio na percepção de risco político após ontem o STF manter Renan no comando do Senado influencia o mercado hoje. Além disso, persiste o impacto da sinalização do Banco Central (BC), que desde terça-feira tem reforçado expectativa de aceleração do ritmo de queda da Selic.
A diferença entre os DIs janeiro de 2021 e janeiro de 2018 - uma medida da percepção de risco - segue próxima de zero, depois de, no fim de outubro, operar em torno de -1 ponto percentual. Quanto mais alto esse número, mais risco o mercado enxerga de os juros precisarem continuar elevados para fazer frente a pressões inflacionárias ou fiscais.
Às 13h52, o DI janeiro de 2021 - mais sensível ao cenário externo - tinha taxa de 11,780%, ante 11,950% do ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 tinha taxa de 11,910%, contra 11,920% no ajuste anterior.
O principal motivo da virada é a ampliação das perdas de Petrobras. O papel PN perdia 0,88% e o ON declinava 0,44%. O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) limitou o programa de venda de ativos da Petrobras, em uma medida que pode atrasar a conclusão do seu plano de desinvestimentos, necessário para a redução do endividamento da empresa. Em uma decisão unânime, o plenário determinou que a estatal não feche negócios enquanto o órgão não concluir a análise do mérito do programa, sobre o qual pairam riscos de legalidade formal e material.
No exterior, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu estender seu programa de compras de ativos em nove meses, até dezembro de 2017. O BC manterá o volume de compras em 80 bilhões de euros até março de 2017, mas reduzirá as compras para 60 bilhões de euros a partir de abril.
O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou em entrevista após a decisão que, se a perspectiva se tornar menos favorável, o conselho pretende aumentar as compras de ativos.
O mercado reagiu pela manhã positivamente à decisão do STF de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. A decisão do STF foi recebida com alívio pelo Palácio do Planalto. A expectativa agora é pelo prosseguimento da votação da PEC dos gastos, que já foi aprovada em votação em primeiro turno no Senado.
Os bancos operam sem tendência definida. Itaú PN subia 0,21%, Bradesco PN caía 0,42%, BB ON recuava 0,37% e Santander ganhava 0,78%. Ontem, saiu a notícia de que o Cade instaurou processo para investigar suposto cartel de câmbio brasileiro envolvendo o real, que envolve dez instituições financeiras e 19 pessoas físicas. As instituições são BBM, BNP Paribas, BTG Pactual, Citibank e HSBC. Há indícios de que outros bancos participaram, em menor grau, no contato entre concorrentes: ABN Amro Real, Fibra, Itaú, Santander e Société Générale.
Fora do Ibovespa, as ações ON do Fleury avançavam 4,61% e eram destaque de alta na Bovespa. O conselho de administração do grupo aprovou o pagamento de R$ 331,2 milhões em proventos aos acionistas, que serão distribuídos em 23 de dezembro. Terão direito aos proventos os acionistas com posição em 12 de dezembro.
Câmbio
O dólar abriu em baixa, tomou fôlego e passou a operar com valorização ante o real, mas voltou ao campo negativo nesta tarde. Os investidores acompanham a cena externa.
Embora tenha afirmado que continuará comprando títulos até o fim de dezembro de 2017 ou além, se necessário, o Banco Central Europeu (BCE) avisou que vai reduzir, a partir de abril, de 80 bilhões de euros para 60 bilhões de euros o montante mensal de compras de papéis.
O volume menor de estímulos vem num momento em que os mercados globais mostram ansiedade com a probabilidade de altas de juros nos Estados Unidos, que podem se estender para além de dezembro caso o presidente americano eleito, Donald Trump, implemente medidas consideradas inflacionárias.
O mercado brasileiro reage à decisão do STF de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) à frente do Senado Federal. O entendimento é que a decisão do STF - que por seis votos a três manteve Renan no cargo, mas o tirou da linha sucessória da Presidência da República - ameniza a instabilidade institucional que se formou com a escalada do embate entre o Judiciário e o Legislativo. Com Renan - que é do mesmo partido do presidente Michel Temer - no Senado, o mercado não vê piora na perspectiva de cumprimento do cronograma de votações das reformas fiscais.
Às 13h49, o dólar comercial perdia 0,40%, saindo a R$ 3,3899, depois de cair 0,96% mais cedo. O dólar para janeiro - que já embutiu ontem a permanência de Renan à frente do Senado - tinha alta de 0,18%, a R$ 3,4135.
Em média, as principais moedas emergentes chegaram a recuar mais de 1%, na maior queda desde o tombo de 3,58% do dia 10 de novembro, em plena reação à vitória de Donald Trump na corrida presidencial americana.
Juros
Os juros futuros de longo prazo seguem em queda nesta quinta-feira, embora tenham saído das mínimas do dia, conforme o dólar ganhou força e as taxas de juros de mercado em países desenvolvidos passaram a registrar forte alta após o BCE anunciar redução de estímulos monetários.
Segundo profissionais, o alívio na percepção de risco político após ontem o STF manter Renan no comando do Senado influencia o mercado hoje. Além disso, persiste o impacto da sinalização do Banco Central (BC), que desde terça-feira tem reforçado expectativa de aceleração do ritmo de queda da Selic.
A diferença entre os DIs janeiro de 2021 e janeiro de 2018 - uma medida da percepção de risco - segue próxima de zero, depois de, no fim de outubro, operar em torno de -1 ponto percentual. Quanto mais alto esse número, mais risco o mercado enxerga de os juros precisarem continuar elevados para fazer frente a pressões inflacionárias ou fiscais.
Às 13h52, o DI janeiro de 2021 - mais sensível ao cenário externo - tinha taxa de 11,780%, ante 11,950% do ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 tinha taxa de 11,910%, contra 11,920% no ajuste anterior.
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