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Juros futuros fecham em alta com postura cautelosa dos investidores

04/01/2017 17h21

As taxas dos contratos futuros de juros encerram em alta na BM&F nesta quarta-feira, com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em 11 de janeiro, para ampliar as apostas em um corte maior da taxa básica de juros (Selic). A curva de juros ainda reflete maior probabilidade de uma aceleração do ciclo de queda da Selic para 0,50 ponto em janeiro.

Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 subiu de 11,455% para 11,48%, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançava de 10,94% para 11%. Já o DI para janeiro de 2021 subiu de 11,23% para 11,33%.

A aceleração da inflação em São Paulo medida pelo IPC-Fipe no mês de dezembro, embora com impacto limitado, desestimula apostas de cortes adicionais de juros. O índice acelerou a alta para 0,72% em dezembro, bem acima da taxa de 0,15% de novembro.

Em relatório, a Guide Investimentos diz que a Petrobras pode anunciar "em breve" reajustes de combustíveis, após elevações dos preços do petróleo no mercado internacional. Para a corretora, esse movimento pode ter "de fato" efeito sobre a inflação. "Em última análise, pode manter o BC em alerta", dizem analistas da Guide, mantendo, contudo, a estimativa de que o Copom cortará a Selic em 0,50 ponto percentual no próximo dia 11. A Selic está hoje em 13,75% ao ano.

O HSBC avalia que o ciclo de corte de juros deve ficar menor do que o esperado anteriormente. O banco destaca que diante das incertezas em relação ao progresso das reformas fiscais, o banco central deve adotar uma postura mais cautelosa.

"Esperamos que o primeiro semestre seja dominado pelas discussões relacionadas à reforma da Previdência, que poderia levar o BC a adotar maior prudência nas decisões de política monetária, o que significa que não se pode descartar a possibilidade de uma alternância de cortes entre 0,5 ponto e 0,25 ponto até que haja uma melhora da perspectiva fiscal", diz o banco em relatório. O HSBC espera um corte de 0,50 ponto da Selic em janeiro, devendo encerrar o ano em 10,5%.