Doria enfrenta primeiro protesto contra aumento da tarifa em SP
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), enfrentará na quinta-feira o primeiro protesto contra sua gestão. O Movimento Passe Livre (MPL) fará uma manifestação contra o aumento acima da inflação da integração da tarifa do ônibus com o metrô e trem. O ato está marcado para a avenida Paulista, no fim da tarde, e o grupo pretende seguir até a mansão do prefeito, no Jardim Europa, bairro nobre da capital, para entregar o "Troféu Catraca - Aumento Inovador".
Na divulgação do protesto no Facebook, o MPL afirma que Doria receberá o "troféu catraca" por defender os "interesses dos empresários do transporte". "O novo prefeito de São Paulo receberá o prêmio na categoria Aumento Inovador, por seus esforços em aumentar as tarifas de transporte de formas criativas e diferentonas. O troféu é feito de catraca maciça e tem como base, significativamente, uma almofadinha", afirma o movimento, na rede social.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), também será alvo dos protestos.
Em São Paulo, Doria e Alckmin mantiveram a tarifa básica em R$ 3,80, mas aumentaram a integração e os bilhetes temporais acima da inflação, em 14,8%. Os novos valores passaram a vigorar no domingo, 8. O custo do bilhete integrado foi de R$ 5,92 para R$ 6,80, como uma das formas usadas para compensar o congelamento da tarifa. Nos bilhetes temporais, o aumento chegou a 50%, como no caso do Bilhete 24 horas, que foi de R$ 10 para R$ 15. O Bilhete Único Mensal, bandeira do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), foi de R$ 140 para R$ 190, registrando um aumento de 35,7%.
O reajuste prejudica sobretudo os mais pobres, que vivem nas regiões periféricas da cidade, e que precisam pegar mais de uma condução para se deslocar para a região central.
"Pelas bordas"
No convite para o protesto feito pelo MPL no Facebook, o movimento critica Doria e Alckmin por terem feito o reajuste dos bilhetes temporais e da integração. "Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis", afirma o MPL. O grupo reclama do "aumento da tarifa pelas bordas", "tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade".
Na sexta-feira, a Justiça barrou o reajuste da tarifa de integração entre ônibus, metrô e trem. Em decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, o magistrado afirmou que o aumento prejudica as pessoas com baixa renda. O governador ignorou a liminar concedida pelo juiz, alegando não ter sido notificado e desde domingo o metrô e a CPTM, responsável pelos trens, estão cobrando mais caro pelas passagens.
Na segunda, o governo do Estado apresentou uma medida cautelar para sustar os efeitos da liminar, que foi concedida na sexta-feira depois de ação popular movida por deputados estaduais do PT. O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou nesta terça o sigilo no processo.
Em 2013, foi a partir dos protestos organizados pelo MPL contra o reajuste da tarifa do transporte público, promovidos pelo então prefeito Haddad e pelo governador Alckmin, que começou uma jornada de manifestações em São Paulo e, posteriormente, no país. A onda de protestos fez com que Haddad e Alckmin recuassem do aumento.
Na divulgação do protesto no Facebook, o MPL afirma que Doria receberá o "troféu catraca" por defender os "interesses dos empresários do transporte". "O novo prefeito de São Paulo receberá o prêmio na categoria Aumento Inovador, por seus esforços em aumentar as tarifas de transporte de formas criativas e diferentonas. O troféu é feito de catraca maciça e tem como base, significativamente, uma almofadinha", afirma o movimento, na rede social.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), também será alvo dos protestos.
Em São Paulo, Doria e Alckmin mantiveram a tarifa básica em R$ 3,80, mas aumentaram a integração e os bilhetes temporais acima da inflação, em 14,8%. Os novos valores passaram a vigorar no domingo, 8. O custo do bilhete integrado foi de R$ 5,92 para R$ 6,80, como uma das formas usadas para compensar o congelamento da tarifa. Nos bilhetes temporais, o aumento chegou a 50%, como no caso do Bilhete 24 horas, que foi de R$ 10 para R$ 15. O Bilhete Único Mensal, bandeira do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), foi de R$ 140 para R$ 190, registrando um aumento de 35,7%.
O reajuste prejudica sobretudo os mais pobres, que vivem nas regiões periféricas da cidade, e que precisam pegar mais de uma condução para se deslocar para a região central.
"Pelas bordas"
No convite para o protesto feito pelo MPL no Facebook, o movimento critica Doria e Alckmin por terem feito o reajuste dos bilhetes temporais e da integração. "Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis", afirma o MPL. O grupo reclama do "aumento da tarifa pelas bordas", "tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade".
Na sexta-feira, a Justiça barrou o reajuste da tarifa de integração entre ônibus, metrô e trem. Em decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, o magistrado afirmou que o aumento prejudica as pessoas com baixa renda. O governador ignorou a liminar concedida pelo juiz, alegando não ter sido notificado e desde domingo o metrô e a CPTM, responsável pelos trens, estão cobrando mais caro pelas passagens.
Na segunda, o governo do Estado apresentou uma medida cautelar para sustar os efeitos da liminar, que foi concedida na sexta-feira depois de ação popular movida por deputados estaduais do PT. O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou nesta terça o sigilo no processo.
Em 2013, foi a partir dos protestos organizados pelo MPL contra o reajuste da tarifa do transporte público, promovidos pelo então prefeito Haddad e pelo governador Alckmin, que começou uma jornada de manifestações em São Paulo e, posteriormente, no país. A onda de protestos fez com que Haddad e Alckmin recuassem do aumento.
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