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Juros futuros recuam à espera de IPCA e decisão do Copom

10/01/2017 16h15

As taxas dos contratos futuros de juros encerram a terça-feira em queda na BM&F, com os investidores ampliando as apostas em um corte maior da taxa básica de juros (Selic) - cuja decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) sairá nesta quarta-feira - e à espera da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também prevista para esta quarta.

O DI para janeiro de 2018 caiu de 11,365% para 11,335%, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 10,90% para 10,83. Já o DI para janeiro de 2021 caiu de 11,19% para 11,11%.

A curva de juros reflete mais de 70% de chance de um corte de 0,50 ponto percentual da Selic em janeiro, mas a aposta em uma queda de 0,75 ponto ganhou força desde a última semana com dados fracos da atividade.

A média das estimativas dos 25 analistas consultados pelo Valor Data é de uma alta de 0,34% do IPCA em dezembro ante um avanço de 0,18% em novembro, com a índice de inflação encerrando 2016 em alta de 6,34%, bem abaixo dos 10,67% registrado em 2015 e dentro do teto da meta de inflação de 6,5%. Mas analistas acreditam que o número pode surpreender para baixo, assim como aconteceu com o IPCA-15 de dezembro.

Pela manhã, os juros futuros chegaram a subir após o dado das vendas no varejo, que veio acima do esperado pelo mercado. O volume de vendas no varejo restrito cresceu 2% em novembro ante outubro, já descontados os efeitos sazonais, segundo o IBGE. É o melhor resultado para meses de novembro desde 2007 e também o melhor resultado para qualquer mês desde julho de 2013.

O resultado ficou bem acima da média de alta de 0,3% estimada de 27 economistas e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, superando as estimativa mais otimistas que previam avanço de 1,4%. "O movimento de venda de juros se intensificou à tarde com a proximidade do Copom e a expectativa de um IPCA mais baixo amanhã", afirma Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.

O cenário-base do gestor ainda é de um corte de 0,50 ponto da Selic amanhã, mas ele não descarta a possibilidade de uma queda maior de 0,75 ponto.