Dólar fecha em queda refletindo exterior e retomada das atuações do BC
O dólar fechou em queda frente ao real, reagindo à desvalorização da moeda americana no exterior e a decisão do Banco Central de iniciar hoje a rolagem do lote de US$ 6,431 bilhões em contratos de swap cambial tradicional que vence em 1º de fevereiro.
A decisão do Banco Central de retomar os leilões de rolagem tem como objetivo reduzir a volatilidade no mercado de câmbio, após o dólar ter passado rapidamente de R$ 3,17 para R$ 3,23 em apenas dois dias. "O BC ficou preocupado com o movimento muito rápido de alta do dólar e resolveu retomar a rolagem muito mais pela velocidade da depreciação do câmbio do que pelo patamar", afirma David Beker, chefe de economia e estratégia para Brasil do Bank of America Merrill Lynch (BofA).
Desde 12 de dezembro o BC não atuava no mercado de câmbio, quando concluiu a rolagem antecipada do lote de US$ 5 bilhões em swap cambial tradicional que venceria em janeiro.
A volta da intervenção no mercado de câmbio vem na semana em que há uma grande expectativa do mercado com o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos Donald Trump na sexta-feira, que pode trazer novas sinalizações sobre as medidas econômicas que serão adotadas em seu governo e aumentar a volatilidade do câmbio.
A decisão de iniciar a rolagem , contudo, surpreendeu alguns investidores dada a expectativa de aumento de fluxo para o mercado local com a retomada das captações externas. "Essa rolagem não estava no nosso horizonte. Acho que o BC decidiu iniciar a rolagem para ter uma carta na manga se houver um aumento da volatilidade do câmbio mais à frente", afirma Bruno Foresti, gerente de câmbio do Banco Ouroinvest.
Foresti afirma que esse fluxo que o mercado está esperando se confirmar o dólar pode buscar um piso ainda mais baixo de R$ 3,15.
O dólar comercial fechou a terça-feira em queda de 0,79% a R$ 3,2114. Já o contrato futuro para fevereiro recuava 1,07% para 3,223.
Em entrevista sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o câmbio flutuante não impede que o BC use ferramentas para evitar volatilidade excessiva ou falta de liquidez no mercado.
Segundo o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, o BC pode calibrar a atuação de acordo com o fluxo. "Se o fluxo aumentar, ele pode reduzir o volume da rolagem e renovar apenas metade do lote de swaps cambiais que vence em fevereiro", afirma Abucater.
Se o BC mantiver o mesmo ritmo na rolagem dos swaps, ele deve renovar 84% do lote que vence no início de fevereiro, deixando vencer o equivalente a US$ 1,031 bilhão.
O ritmo de rolagem também vai depender do cenário externo.
Hoje o dólar caiu frente às principais divisas, com a libra mostrando uma recuperação após ter negociado ontem na mínima de três vezes, movimento suportado pelo discurso da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.
A primeira-ministra britânica disse que não buscará a permanência parcial do Reino Unido na União Europeia, mas informou que o acordo final entre o governo e as autoridades do bloco será submetido à votação em ambas as câmaras no parlamento. O tom equilibrado do discurso de Theresa May ajudou a acalmar os mercados.
Os investidores também reagem às declarações de Trump ao jornal "The Wall Street Journal". Na entrevista , Trump disse que considera que o dólar está um momento "muito forte", em parte porque a China favorece a depreciação da própria moeda.
O dólar recuava 1,31% em relação ao rand sul-africano, 1,08% diante da lira turca e 0,81% em relação ao peso mexicano.
A decisão do Banco Central de retomar os leilões de rolagem tem como objetivo reduzir a volatilidade no mercado de câmbio, após o dólar ter passado rapidamente de R$ 3,17 para R$ 3,23 em apenas dois dias. "O BC ficou preocupado com o movimento muito rápido de alta do dólar e resolveu retomar a rolagem muito mais pela velocidade da depreciação do câmbio do que pelo patamar", afirma David Beker, chefe de economia e estratégia para Brasil do Bank of America Merrill Lynch (BofA).
Desde 12 de dezembro o BC não atuava no mercado de câmbio, quando concluiu a rolagem antecipada do lote de US$ 5 bilhões em swap cambial tradicional que venceria em janeiro.
A volta da intervenção no mercado de câmbio vem na semana em que há uma grande expectativa do mercado com o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos Donald Trump na sexta-feira, que pode trazer novas sinalizações sobre as medidas econômicas que serão adotadas em seu governo e aumentar a volatilidade do câmbio.
A decisão de iniciar a rolagem , contudo, surpreendeu alguns investidores dada a expectativa de aumento de fluxo para o mercado local com a retomada das captações externas. "Essa rolagem não estava no nosso horizonte. Acho que o BC decidiu iniciar a rolagem para ter uma carta na manga se houver um aumento da volatilidade do câmbio mais à frente", afirma Bruno Foresti, gerente de câmbio do Banco Ouroinvest.
Foresti afirma que esse fluxo que o mercado está esperando se confirmar o dólar pode buscar um piso ainda mais baixo de R$ 3,15.
O dólar comercial fechou a terça-feira em queda de 0,79% a R$ 3,2114. Já o contrato futuro para fevereiro recuava 1,07% para 3,223.
Em entrevista sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o câmbio flutuante não impede que o BC use ferramentas para evitar volatilidade excessiva ou falta de liquidez no mercado.
Segundo o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, o BC pode calibrar a atuação de acordo com o fluxo. "Se o fluxo aumentar, ele pode reduzir o volume da rolagem e renovar apenas metade do lote de swaps cambiais que vence em fevereiro", afirma Abucater.
Se o BC mantiver o mesmo ritmo na rolagem dos swaps, ele deve renovar 84% do lote que vence no início de fevereiro, deixando vencer o equivalente a US$ 1,031 bilhão.
O ritmo de rolagem também vai depender do cenário externo.
Hoje o dólar caiu frente às principais divisas, com a libra mostrando uma recuperação após ter negociado ontem na mínima de três vezes, movimento suportado pelo discurso da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.
A primeira-ministra britânica disse que não buscará a permanência parcial do Reino Unido na União Europeia, mas informou que o acordo final entre o governo e as autoridades do bloco será submetido à votação em ambas as câmaras no parlamento. O tom equilibrado do discurso de Theresa May ajudou a acalmar os mercados.
Os investidores também reagem às declarações de Trump ao jornal "The Wall Street Journal". Na entrevista , Trump disse que considera que o dólar está um momento "muito forte", em parte porque a China favorece a depreciação da própria moeda.
O dólar recuava 1,31% em relação ao rand sul-africano, 1,08% diante da lira turca e 0,81% em relação ao peso mexicano.
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