CENÁRIO DE BOLSA: Ibovespa se ajusta a EUA e sobe; BB lidera ganhos e
O Ibovespa sobe, se ajustando aos ganhos dos mercados americanos ontem. O índice avançava 0,92% às 13h50, para 66.448 pontos. Ontem, o Dow Jones superou pela primeira vez na história a marca psicológica dos 20 mil pontos, encerrando em alta de 0,80%, aos 20.068,51 pontos. Puxaram as bolsas as indicações do presidente dos EUA, Donald Trump, de realização de projetos de infraestrutura (como o muro na fronteira com o México) e da redução da regulação. Operadores comentam, sobretudo, a assinatura de decretos que autorizam oleodutos de Dakota e Keystone.
As ações do Banco do Brasil lideram o Ibovespa, com alta de 3,99%. Nesta manhã, o Credit Suisse divulgou um relatório elevando a recomendação para o BB de neutra para "outperform" (retorno acima da média do mercado). Em relatório, a corretora afirma que reforça a preferência pelos papéis de Bradesco e BB.
As Units do Santander chegaram a liderar o Ibovespa, mas diminuíram os ganhos e subiam 1,8% há pouco. sobem 2,06%. O lucro gerencial do banco foi de R$ 1,989 bilhão no quarto trimestre, alta anual de 23,8%. As despesas líquidas de PDD caíram 5,5% em três meses, para R$ 2,68 bilhões, no quarto trimestre, e as operações de crédito com atraso entre 15 e 90 dias caíram 0,7 ponto percentual, para 4,3% no fim de dezembro.
Ainda no setor, as ações PNB do Banrisul são destaque de alta na Bovespa hoje. Os papéis disparam 10,6%. As ações reagem à manchete do Valor de hoje. O jornal informa que o tamanho do socorro ao Rio Grande do Sul está associado à possibilidade de o governo incluir a venda do banco estatal gaúcho no cardápio de contrapartidas. O governador José Ivo Sartori mostra resistência à ideia, mas fontes do governo federal avaliam que dificilmente o problema do Estado será resolvido sem essa privatização.
Números melhores de crédito também ajudam os bancos. O sistema financeiro concedeu em dezembro 10,4% a mais em novos empréstimos e financiamentos, comparativamente a novembro. O número divulgado pelo Banco Central (BC) leva em conta as concessões totais em cada mês. Em 2016, as concessões caíram 8,2%. Considerando a média por dia útil, houve aumento de 0,4%, na comparação com novembro. Houve alta nas concessões para empresas e nas operações com famílias. Na comparação dos volumes acumulados em cada mês, as concessões para clientes corporativos aumentaram 20% ante o mês anterior, somando R$ 141,5 bilhões em novembro.
Do outro lado, Petrobras ON cai 0,8% e a PN recua 0,37%. Na terça-feira, após o fechamento do pregão, a estatal anunciou uma queda relevante nas suas reservas de petróleo. O corte de investimentos em exploração derrubou as reservas provadas da companhia pelo segundo ano seguido, para os níveis mais baixos desde 2001. Pelos critérios da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, as reservas da empresa caíram 8% em 2016, para 9,672 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE).
As ações da JBS caem 0,67%. Os papéis reagem à notícia de que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu ontem que a empresa terá de pagar cerca de R$ 111 milhões no processo que investiga o não recolhimento de impostos nos anos de 2008 a 2010 no exterior, através de sua holding na Dinamarca. Somente parte do processo foi mantida. A notícia é negativa, dizem operadores, e pressiona os papéis no pregão de hoje.
Dólar
O dólar se mantém em alta moderada ante o real nesta quinta-feira, chegando a operar perto de R$ 3,19, num dia de ganhos firmes da moeda no exterior.
Dois indicadores nos EUA vieram fortes nesta sessão, enquanto um - o de pedidos de auxílio-desemprego - veio mais fraco. No geral, os números continuam sinalizando um ritmo positivo de atividade nos EUA, o que tende a referendar a percepção do mercado de que o Federal Reserve (Fed, BC americano) pode subir mais os juros do que o estimado, num movimento amparado pela volta da inflação em caso de aumento de gastos fiscais - esta última uma das promessas de Donald Trump.
A recuperação global do dólar é amparada pelas altas dos juros dos Treasuries. O "yield" do papel de dez anos está nas máximas desde o fim de dezembro. Taxas mais altas nos EUA aumentam o juro real americano, o que é elemento de suporte ao dólar.
No começo da tarde o dólar comercial subia 0,49%, a R$ 3,1826, depois de alcançar R$ 3,1878 na máxima.
O dólar para fevereiro se apreciava 0,31%, a R$ 3,1870.
No exterior, o dólar tinha alta de 0,5% ante o peso mexicano e a lira turca, de 0,9% frente ao rand sul-africano e de 1,3% comparado ao rublo russo.
Depois da pausa de ontem por causa do feriado na cidade de São Paulo, que fechou a BM&F, o Banco Central tornou a ofertar swaps cambiais em operação de rolagem. O BC vendeu todos os 15 mil contratos disponibilizados nesta quinta-feira, a passos largos para promover a rolagem integral dos US$ 6,4 bilhões nesses contratos que vencem no começo de fevereiro.
Confirmada a rolagem integral, janeiro deverá ser o segundo mês seguido em que o BC não altera o estoque total de swaps, hoje em US$ 26,559 bilhões.
Juros
Os juros futuros operam em alta nesta quinta-feira. O ajuste técnico tem algum espaço também após dias de intensas baixas nos DIs, após repetidas sinalizações do Banco Central de que voltará a cortar a Selic, num contexto de inflação a caminho do centro da meta.
O DI janeiro de 2018 - que reflete apostas para a política monetária ao longo de 2017 - tinha taxa de 10,960% ao ano, frente a 10,940% no ajuste anterior.
O DI janeiro de 2019 ia a 10,460%, ante 10,420% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 indicava 10,680%, contra 10,620% no ajuste anterior.
Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2025 subia a 11,001%, comparado a 10,970% no ajuste anterior.
As ações do Banco do Brasil lideram o Ibovespa, com alta de 3,99%. Nesta manhã, o Credit Suisse divulgou um relatório elevando a recomendação para o BB de neutra para "outperform" (retorno acima da média do mercado). Em relatório, a corretora afirma que reforça a preferência pelos papéis de Bradesco e BB.
As Units do Santander chegaram a liderar o Ibovespa, mas diminuíram os ganhos e subiam 1,8% há pouco. sobem 2,06%. O lucro gerencial do banco foi de R$ 1,989 bilhão no quarto trimestre, alta anual de 23,8%. As despesas líquidas de PDD caíram 5,5% em três meses, para R$ 2,68 bilhões, no quarto trimestre, e as operações de crédito com atraso entre 15 e 90 dias caíram 0,7 ponto percentual, para 4,3% no fim de dezembro.
Ainda no setor, as ações PNB do Banrisul são destaque de alta na Bovespa hoje. Os papéis disparam 10,6%. As ações reagem à manchete do Valor de hoje. O jornal informa que o tamanho do socorro ao Rio Grande do Sul está associado à possibilidade de o governo incluir a venda do banco estatal gaúcho no cardápio de contrapartidas. O governador José Ivo Sartori mostra resistência à ideia, mas fontes do governo federal avaliam que dificilmente o problema do Estado será resolvido sem essa privatização.
Números melhores de crédito também ajudam os bancos. O sistema financeiro concedeu em dezembro 10,4% a mais em novos empréstimos e financiamentos, comparativamente a novembro. O número divulgado pelo Banco Central (BC) leva em conta as concessões totais em cada mês. Em 2016, as concessões caíram 8,2%. Considerando a média por dia útil, houve aumento de 0,4%, na comparação com novembro. Houve alta nas concessões para empresas e nas operações com famílias. Na comparação dos volumes acumulados em cada mês, as concessões para clientes corporativos aumentaram 20% ante o mês anterior, somando R$ 141,5 bilhões em novembro.
Do outro lado, Petrobras ON cai 0,8% e a PN recua 0,37%. Na terça-feira, após o fechamento do pregão, a estatal anunciou uma queda relevante nas suas reservas de petróleo. O corte de investimentos em exploração derrubou as reservas provadas da companhia pelo segundo ano seguido, para os níveis mais baixos desde 2001. Pelos critérios da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, as reservas da empresa caíram 8% em 2016, para 9,672 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE).
As ações da JBS caem 0,67%. Os papéis reagem à notícia de que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu ontem que a empresa terá de pagar cerca de R$ 111 milhões no processo que investiga o não recolhimento de impostos nos anos de 2008 a 2010 no exterior, através de sua holding na Dinamarca. Somente parte do processo foi mantida. A notícia é negativa, dizem operadores, e pressiona os papéis no pregão de hoje.
Dólar
O dólar se mantém em alta moderada ante o real nesta quinta-feira, chegando a operar perto de R$ 3,19, num dia de ganhos firmes da moeda no exterior.
Dois indicadores nos EUA vieram fortes nesta sessão, enquanto um - o de pedidos de auxílio-desemprego - veio mais fraco. No geral, os números continuam sinalizando um ritmo positivo de atividade nos EUA, o que tende a referendar a percepção do mercado de que o Federal Reserve (Fed, BC americano) pode subir mais os juros do que o estimado, num movimento amparado pela volta da inflação em caso de aumento de gastos fiscais - esta última uma das promessas de Donald Trump.
A recuperação global do dólar é amparada pelas altas dos juros dos Treasuries. O "yield" do papel de dez anos está nas máximas desde o fim de dezembro. Taxas mais altas nos EUA aumentam o juro real americano, o que é elemento de suporte ao dólar.
No começo da tarde o dólar comercial subia 0,49%, a R$ 3,1826, depois de alcançar R$ 3,1878 na máxima.
O dólar para fevereiro se apreciava 0,31%, a R$ 3,1870.
No exterior, o dólar tinha alta de 0,5% ante o peso mexicano e a lira turca, de 0,9% frente ao rand sul-africano e de 1,3% comparado ao rublo russo.
Depois da pausa de ontem por causa do feriado na cidade de São Paulo, que fechou a BM&F, o Banco Central tornou a ofertar swaps cambiais em operação de rolagem. O BC vendeu todos os 15 mil contratos disponibilizados nesta quinta-feira, a passos largos para promover a rolagem integral dos US$ 6,4 bilhões nesses contratos que vencem no começo de fevereiro.
Confirmada a rolagem integral, janeiro deverá ser o segundo mês seguido em que o BC não altera o estoque total de swaps, hoje em US$ 26,559 bilhões.
Juros
Os juros futuros operam em alta nesta quinta-feira. O ajuste técnico tem algum espaço também após dias de intensas baixas nos DIs, após repetidas sinalizações do Banco Central de que voltará a cortar a Selic, num contexto de inflação a caminho do centro da meta.
O DI janeiro de 2018 - que reflete apostas para a política monetária ao longo de 2017 - tinha taxa de 10,960% ao ano, frente a 10,940% no ajuste anterior.
O DI janeiro de 2019 ia a 10,460%, ante 10,420% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 indicava 10,680%, contra 10,620% no ajuste anterior.
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