População ocupada no país é a menor desde maio de 2012
A população ocupada no Brasil caiu 2% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2016, uma perda de 1,8 milhão de postos de trabalho no período. O contingente de 89,346 milhões representa a menor população ocupada desde o trimestre encerrado em maio de 2012, quando o país tinha 89,286 milhões de pessoas empregadas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O mercado de trabalho perdeu 1,134 milhão de vagas com carteira assinada no trimestre até fevereiro, queda de 3,3% na comparação com igual período de 2016. São 33,738 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
No confronto com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em novembro de 2016, houve baixa de 1%, fechamento de 337 mil vagas com carteira assinada.
O cenário é ruim também para aqueles que tentam alternativa no trabalho por conta própria. Nesse grupo, houve redução de 4,8% nos postos de trabalho, perda de 1,129 milhão de vagas perante o trimestre encerrado em fevereiro de 2016. Ante o trimestre imediatamente anterior, fechado em novembro de 2016, houve abertura de vagas nesse tipo de ocupação: crescimento de 1% nos postos de trabalho por conta própria, ou 220 mil vagas a mais.
O trabalho doméstico perdeu empregados, segundo a pesquisa do IBGE. Na comparação com o trimestre até fevereiro de 2016, a queda de 2,6% significou fechamento de 161 mil postos de trabalho nesse tipo de ocupação. Ante o trimestre anterior, houve queda de 0,6%, o que resultou em perda de 36 mil postos de trabalho.
Houve recuo ainda no trabalho auxiliar familiar, de 2,9%, ou menos 193 mil vagas no confronto com igual intervalo do ano anterior. Mas houve aumento de 4,7% (99 mil pessoas) ante o trimestre de novembro de 2016.
No caso dos trabalhadores no setor privado sem carteira, o IBGE apontou crescimento de 5,5% e incorporação de 531 mil pessoas. Isso é reflexo de um mercado de trabalho mais informal, já que é caro assinar a carteira do funcionário, avalia o instituto.
O contingente de empregadores, aqueles que têm pelo menos um funcionário, teve alta de 9,5%, incremento de 359 mil pessoas, em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2016.
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