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IPCA-15 registra menor taxa para abril desde 2006

20/04/2017 09h31

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), acelerou para 0,21% em abril, após ter ficado em 0,15% um mês antes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de abril é, no entanto, a mais baixa para o mês desde 2006, quando o indicador marcou 0,17%. Em abril de 2016, houve alta de 0,51%.


Nos 12 meses encerrados em abril, o avanço do índice desacelerou para 4,41%, ante 4,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foi a primeira vez desde agosto de 2010 que o IPCA-15 ficou abaixo da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 4,5%. É também a menor taxa para 12 meses desde janeiro de 2010 (4,31%).


O resultado divulgado pelo IBGE ficou abaixo da média de 0,27% estimada por 23 analistas ouvidos pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,17% a 0,31%. A expectativa em 12 meses era de que a prévia da inflação ficasse em 4,46%.


O principal impacto no mês veio de Saúde e cuidados pessoais, que subiram 0,91% e contribuíram com 0,10 ponto percentual da taxa de abril. Nesse item, segundo o IBGE, os remédios se sobressaíram com elevação de 0,86%, refletindo parte do reajuste anual, que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo do medicamento. Plano de saúde (1,07%), artigos de higiene pessoal (0,92%) e serviços médicos e dentários (0,89%) também exerceram influência sobre o resultado.


O grupo Alimentação e bebidas, que representa quase 25% de todo o IPCA-15, avançou 0,31%, invertendo a direção tomada em março, de baixa de 0,08%. Ele contribuiu com 0,08 ponto percentual para a taxa do mês.


Assim, Alimentação e bebidas junto com Saúde e cuidados pessoas somam 0,18 ponto percentual e foram os principais responsáveis pelo resultado do IPCA-15 de abril, destacou o IBGE.


Nos alimentos, o tomate, 30,79% mais caro, sobressaiu na liderança no ranking dos maiores impactos no índice. Também outros produtos passaram a custar mais entre março e abril, como batata-inglesa (11,63%), ovos (5,50%) e leite longa vida (1,49%).


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