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FGV: Indicadores mostram expectativa melhor para o mercado de trabalho

09/05/2017 09h18

Indicadores de mercado de trabalho elaborados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram, em abril, uma melhora de perspectiva para o emprego no país.


Após três altas seguidas, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) ficou estável em abril em 100,5 pontos. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou forte queda, de 3,2 pontos, em relação ao mês anterior, se situando em 97,4 pontos. Foi o maior recuo desde setembro de 2008. No ano, o indicador já cedeu 6,2 pontos, sinalizando uma melhora na percepção do brasileiro com relação ao emprego.


"O índice antecedente manteve-se em patamar positivo demonstrando otimismo quanto à geração futura de emprego na economia. Ao mesmo tempo, o índice coincidente de desemprego apresentou forte retração nos últimos meses indicando alguma percepção de melhora no mercado de trabalho. No entanto, o nível elevado desse indicador mostra a grande dificuldade ainda sentida pelos consumidores no mercado de trabalho, corroborada pelos dados oficiais. A expectativa de melhora nos próximos meses deve continuar enquanto o Banco Central estiver reduzindo a taxa de juros, o que deve estimular a economia ao longo do ano. No entanto, a melhora da situação atual no mercado de trabalho ainda deve ser lenta", afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV-Ibre.


Apesar da estabilidade do IAEmp ante março, a evolução de seus componentes não foi homogênea em abril. Nos extremos, o indicador de expectativas com a situação dos negócios nos próximos seis meses, da indústria, teve alta de 5,9 pontos, e o indicador de expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da Sondagem do Consumidor, registrou queda da mesma ordem (5,9 pontos).


No indicador coincidente de desemprego, as classes de renda familiar em que a percepção sobre o mercado de trabalho registrou a melhora mais acentuada no mês foram as duas mais baixas: consumidores com renda até R$ 2.100,00, com queda de 2,1 pontos; e entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, com queda de 1,1 ponto.