Banrisul aumenta despesas e lucro cai no trimestre
O Banrisul, banco controlado pelo governo do Rio Grande do Sul, registrou lucro líquido recorrente de R$ 183,3 milhões no primeiro trimestre, 2,5% inferior ao desempenho registrado no mesmo período do ano passado e 16,3% acima dos três meses imediatamente anteriores.
O lucro líquido contábil do banco somou R$ 128,5 milhões, com queda de 22,1% no trimestre e de 31,7% em 12 meses.
A queda do lucro em relação ao mesmo período do ano passado reflete o aumento de 14,6% das despesas administrativas no período, que somaram R$ 886 milhões no primeiro trimestre. Foi contabilizado no resultado de janeiro a março, como item extraordinário, o plano de aposentadoria voluntária instituído em fevereiro, que previa o desligamento incentivado de até 700 funcionários aptos à aposentadoria oficial e complementar.
Os custos pagos ou provisionados para esse programa totalizaram R$ 99,7 milhões. Líquido dos efeitos fiscais, houve impacto negativo de R$ 54,8 milhões.
Também houve o efeito das despesas de amortização da compra dos serviços de folhas de pagamento, cujo impacto passou a ser observado a partir do segundo semestre de 2016.
As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa somaram R$ 375,7 milhões, queda de 6,7% no trimestre e de 11,7% em 12 meses.
A carteira de crédito total do banco somava R$ 30,540 bilhões no fim de março, com crescimento de 0,7% no trimestre e queda de 2,7% em 12 meses.
A carteira de pessoa física cresceu 4,6% no trimestre, avanço liderado pelo consignado, enquanto o segmento de pessoa jurídica teve retração de 1,9% no período.
O índice de inadimplência de 90 dias alcançou 4,97%, com crescimento de 0,09 ponto percentual em 12 meses e queda de 0,03 ponto desde dezembro.
O crescimento do resultado do Banrisul na comparação com o quarto trimestre reflete relativa melhora dos indicadores de qualidade da carteira e retração de margens, segundo o banco. Nos três últimos meses do ano passado, houve maior fluxo de cobrança de créditos, o que gerou maior volume de descontos concedidos. Essas despesas caíram no começo de 2017.
A margem financeira foi de R$ 1,233 bilhão no primeiro trimestre, com queda de 2,8% frente ao mesmo trimestre do ano anterior e de 8,1% em relação ao quarto trimestre.
A queda da margem em relação ao quarto trimestre reflete a redução de receitas de crédito, decorrente, em especial, do menor fluxo de recuperação de créditos baixados a prejuízo.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado recorrente alcançou 11,8% no fim do primeiro trimestre, 0,8 ponto percentual abaixo do mesmo período do ano passado e aumento de 1,7 ponto frente ao quarto trimestre.
O índice de Basileia do banco caiu de 16,9% em dezembro para 15,8% ao fim do primeiro trimestre.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.