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Bolsas de NY têm 2º sessão consecutiva de alta, mas recuam na semana

19/05/2017 17h31

As altas de quinta-feira e de hoje em Wall Street sinalizaram a retomada da confiança dos investidores no bom momento da economia dos Estados Unidos. Mas, se não apagaram totalmente as marcas do pânico político que se instaurou no início da semana e atingiu o ápice na quarta-feira, quando as bolsas de Nova York registraram o pior pregão do ano, chegaram perto.


Após ajustes, o Dow Jones fechou em alta de 0,69%, a 20.804,84 pontos. O S&P 500 avançou 0,68%, a 2.381,73 pontos. O Nasdaq subiu 0,47%, a 6.083,70 pontos.


Todos os 11 setores do S&P 500 terminaram com ganhos. Mas as altas desta sexta-feira vieram a reboque mesmo da valorização das commodities metálicas e do petróleo. Os subíndices de indústrias, energia e matérias-primas lideraram os ganhos no S&P 500, com valorizações de, respectivamente, 1,32%, 1,20% e 0,82%.


Entre os papéis de companhias ligadas à cadeia de óleo e gás, Anadarko e Devon Energy estiveram entre as maiores altas do subíndice de energia, com ganhos de 2,32% e 4,09%, respectivamente.


No Dow Jones, o quadro foi semelhante. Apenas quatro ações de 30 componentes encerraram a sessão no território negativo. As altas foram puxadas por Caterpillar, GE e Boeing, com subidas de, respectivamente, 2,21%, 2,07% e 1,89%.


"Por enquanto, nós estamos em uma tênue posição para os preços das ações e acho que isso vai continuar até que tenhamos mais clareza [sobre a investigação]", considerou Michael Arone, estrategista chefe de investimentos da State Street Global Advisors.




No acumulado das últimas cinco sessões, os referenciais apresentaram perdas. Porém os recuos de apenas pouco menos de meio ponto percentual dos principais índices acionários americanos nem de longe seriam o desfecho para a semana, se a previsão fosse feita dois dias atrás.No período, o Dow Jones teve queda de 0,44%, enquanto o S&P 500 recuou 0,38% e o Nasdaq perdeu 0,61%.


Os desdobramentos das duas últimas semanas em Washington haviam colocado a administração do presidente americano Donald Trump na defensiva e renovaram os receios entre os investidores de que a Casa Branca pode enfrentar problemas para aprovar as suas propostas de reforma tributária.No entanto, os desenvolvimentos recentes e a viagem de Trump à Arábia Saudita para a sua primeira visita no exterior como chefe de Estado ajudaram a arrefecer os temores políticos.


Na quarta-feira o Departamento de Justiça nomeou o ex-diretor do FBI, Robert Mueller, para liderar as investigações sobre a ligação entre a equipe de campanha do então candidato republicano com autoridades russas.A notícia foi vista como positiva pelos investidores."A nomeação de um procurador especial dá à administração a oportunidade de adiar questões sobre a investigação. Acho que isso ajudou a trazer um certo alívio [ao mercado]", afirmou James Smigiel, diretor da SEI.





Além da pausa no noticiário político, o momento favorável para a atividade e o emprego e os lucros corporativos surpreendentes da recente temporada de balanços do primeiro trimestre sustentaram o otimismo entre os investidores."Embora o noticiário continue a ser dominado pelo drama político em Washington, a mensagem dos pedidos de seguro-desemprego, na mínima em três meses, é que o mercado de trabalho continua a se fortalecer", avaliou Johnny Bo Jakobsen, analista chefe de mercados nos EUA da Nordea Markets.