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Não posso avaliar impeachment como um drive-thru, afirma Maia

24/05/2017 13h08

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou nesta quarta-feira os comentários de que ele já indicou que negará os pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Michel Temer, que já somam mais de 10 desde a delação premiada da JBS ser divulgada na semana passada. Reiterou, porém, que a presidência da Câmara não será instrumento de desestabilização do Brasil e que está focado na recuperação econômica do país.


"Não posso avaliar questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim", disse. "Quanto tempo se passou aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito, temos que ter paciência."


Maia afirmou que "estão dizendo que engavetei" os pedidos de impeachment, mas que ele não tomou uma decisão. "Não é decisão que se tome da noite para o dia", afirmou. "Estou dizendo desde o início: o presidente da Câmara não será instrumento para desestabilização do Brasil. Esse tem sido meu posicionamento."


O presidente da Câmara afirmou que a obrigação da Casa é continuar votando. "Claro que dá sinalização forte para o governo, de que a base está votando, mas, mais do que isso, dá sinalização para a sociedade de que a Câmara está votando, tem uma agenda, que é a recuperação econômica do Brasil", disse. "Estou olhando para 2018, com o Brasil podendo crescer 3% a 4%. Preciso ter uma agenda que garanta esse crescimento ano que vem", afirmou.


A Câmara deve começar a discutir nesta quarta-feira o projeto de convalidação dos incentivos fiscais dos Estados, com a leitura do relatório do deputado Alexandre Baldy (Pode-GO), para que os deputados possam opinar sobre a proposta, que tem gerado divergência entre governadores. Após isso, serão discutidas as medidas provisórias.


Maia já está sentando no plenário, presidindo a sessão, para tentar acelerar a discussão desses projetos.