Confiança da construção cai em maio e volta ao nível de 8 meses atrás
Após duas altas consecutivas, o Índice de Confiança da Construção caiu 2,5 pontos entre abril e maio, para 74 pontos, considerando-se dados ajustados sazonalmente, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice devolve os discretos ganhos dos últimos meses, retornando ao nível de oito meses atrás, ou 74,2 pontos em setembro de 2016. Na comparação com maio de 2016, houve alta, de 5,4 pontos.
"A queda da confiança reflete a situação de fragilidade do cenário para o setor da construção. A avaliação dominante entre as empresas é que o quadro está melhor do que no ano passado, mas ainda não há dinamismo para uma possível recuperação. A percepção em relação à situação corrente vem oscilando em patamares muito baixos, levando a uma calibragem para baixo de expectativas. A pesquisa ainda não captou o aumento de incerteza no ambiente político, que pode postergar ainda mais a retomada dos investimentos", comentou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV-Ibre.
A queda da confiança em maio decorre da piora da avaliação das empresas em relação ao momento atual e das expectativas quanto ao futuro próximo. O Índice de Expectativas (IE) caiu 3 pontos, para 84,6 pontos, com recuo nos dois quesitos que o compõem. Destaque para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que recuou 3,8 pontos, para 85,6 pontos, o menor nível desde janeiro de 2017 (85,3 pontos).
Já o Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 2 pontos, para 63,7 pontos, devolvendo a alta de 2,9 pontos do mês anterior. Ambos os indicadores que compõem o subíndice recuaram, sobressaindo aquele que mede a situação dos negócios corrente, que declinou 2,2 pontos, para 64,6 pontos.
Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor cedeu 0,7 ponto percentual em maio, para 62,1%, o menor da série.
Com a atividade mantendo-se em nível muito baixo e as expectativas de melhora se revertendo, as empresas do setor continuam com tendência a desmobilizar mão de obra, diz a FGV. De acordo com a entidade, o mercado de trabalho na construção ainda deverá se manter em queda por algum tempo.
A sondagem da construção da FGV colheu informações de 696 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês.
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