Juro futuro e dólar sobem ante incerteza com duração da crise política
Os mercados de câmbio e renda fixa sinalizam postura um pouco mais defensiva nesta segunda-feira. O pano de fundo da movimentação nos ativos diz respeito a incertezas com a duração da crise política e possíveis efeitos no direcionamento da reforma da Previdência. Por ora, entretanto, o tom não parece ser de alarmismo, mas de mais cautela nas operações.
Durante o fim de semana, o presidente Michel Temer nomeou Torquato Jardim para o Ministério da Justiça e remanejou Osmar Serraglio para o Ministério da Transparência. Como aponta o Valor, o novo titular da Justiça era a reserva técnica de Temer para o momento em que fosse preciso colocar em campo um advogado para articular, no governo, sua defesa.
A mudança ocorre cerca de uma semana antes da retomada do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para o dia 6 de junho.
Vale destacar, por outro lado, que a permanência de Temer não é vista de forma tão negativa como anteriormente, principalmente porque algumas medidas econômicas têm avançado mesmo no momento de crise política.
Por volta do meio-dia, o dólar comercial avançava 0,16%, R$ 3,2705, com máxima em R$ 3,2762. O movimento está alinhado aos ganhos do dólar frente a divisas de outros países emergentes nesta sessão.
O contrato futuro para junho, por sua vez, ganhava 0,35%, a R$ 3,2740.
Outro fator que alimenta o ambiente de incertezas diz respeito à mudança na chefia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Maria Silvia Bastos Marques pediu demissão do cargo na tarde da sexta-feira. Temer nomeou o economista Paulo Rabello de Castro para a função.
O DI janeiro/2018 marcava 9,345%, ante 9,340% no ajuste anterior, e o DI janeiro/2019 avançava a 9,390%, ante 9,360% na mesma base de comparação. O DI janeiro/2021 operava a 10,540%, ante 10,490% no ajuste anterior.
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