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Bolsas de NY fecham em queda, afetadas por petróleo e ações de bancos

30/05/2017 17h47

Na volta do feriado do "Dia do Memorial", os investidores americanos foram recepcionados por uma ducha quase fria de dados econômicos. A vida dos principais índices acionários em Nova York ficou ainda mais difícil nesta terça-feira com a queda do petróleo, que ancorou os recuos de papéis de energia.


Após ajustes, o Dow Jones encerrou em baixa de 0,24%, a 21.029,47 pontos. O S&P 500 recuou 0,12%, a 2.412,91 pontos, O Nasdaq caiu 0,11%, a 6.203,18 pontos. Apesar das quedas, os referenciais permanecem próximos às máximas.


O setor de energia liderou as baixas no S&P 500, com queda de 1,24% e, junto com o recuo de 0,68% dos papéis financeiros, manteve praticamente sozinho o índice no negativo nesta terça-feira. As demais perdas oscilaram entre 0,19% e 0,09%, respectivamente, do setor imobiliário e de saúde.


Dos 11 setores do S&P 500, sete fecharam no positivo. O destaque ficou com tecnologia e serviços públicos (utilities), que subiram 0,48% e 0,40%, respectivamente.


No Dow Jones, a fila das perdas foi puxada por dois bancos: Goldman Sachs caiu 1,98%, enquanto o J.P.Morgan recuou 1,72%. No terceiro posto ficou a petroleira Chevron, com queda de 0,63%.


Entre os papéis, o dia marcou o recorde histórico absoluto das cotações de Amazon. Na máxima do dia, as ações da varejista on-line chegaram a tocar US$ 1.001,20 pela primeira vez. Mas no fim do pregão a resistência falou mais alto e as ações terminaram com alta de 0,09% a US$ 996,70.


Os papéis da Alphabet, a controladora do Google, também se aproximam da marca psicológica dos US$ 1 mil. As ações terminaram o dia com subida de 0,29% a US$ 996,17.


Após terem fechado a semana passada com duas novas máximas históricas para o S&P 500 e o Nasdaq, além da consolidação do Dow Jones acima dos 21 mil pontos, as bolsas americanas enfrentaram hoje um teste para o otimismo do mercado.


O índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) desacelerou em abril. A medida de inflação preferida pelo Federal Reserve subiu 1,7% na base anual e ficou abaixo da leitura de 1,9% ao ano em março. O núcleo do PCE, por sua vez, subiu 1,5% ao ano, o que significa o pior crescimento em 12 meses desde dezembro de 2015.


Os gastos pessoais dos americanos, por outro lado, anotaram o ritmo mais forte de crescimento em quatro meses em abril. O dado sinaliza a possibilidade de a economia americana estar realmente em recuperação após o fraco primeiro trimestre.Outro número abaixo do esperado veio do índice de confiança do consumidor do Conference Board. O indicador caiu para 117,9 pontos, de 119,4, aquém da expectativa de consenso, de 119 pontos.


As quedas dos índices em Nova York arrefeceram após o discurso da integrante do Conselho Executivo do Fed, Lael Brainard. A diretora do banco central americano reforçou os sinais para uma alta de taxas de juros na próxima reunião da autoridade entre 13 e 14 de junho.


Brainard reiterou a visão que predomina entre os integrantes do Fed sobre a natureza transitória dos dados abaixo do esperado nos últimos meses. Segundo a diretora, "como o mercado de trabalho continuando a se fortalecer e uma recuperação do crescimento do PIB esperada no segundo trimestre, provavelmente será apropriado em breve um ajuste na taxa de juros".


A integrante do conselho do BC americano também confirmou a possibilidade de início do enxugamento do balanço de US$ 4,5 trilhões do Fed ainda neste ano. A leitura de analistas é a de que tal movimento só pode ser efetivado se as condições econômicas estiverem favoráveis. Brainard também descartou a possibilidade de uma bolha no mercado acionário, embora tenha classificado os preços das ações como "elevados".