Alckmin aponta reformas como gatilho para PSDB deixar base
O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), afirmou nesta segunda-feira que o PSDB pode deixar a base do governo Michel Temer a qualquer momento, a depender dos fatos. Disse ainda que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência servem de gatilho para um eventual desembarque.
Após visitar as obras da Estação Engenheiro Goulart da CPTM, na zona leste da capital paulista, que será inaugurada no mês que vem, o tucano reconheceu que o partido está dividido em três alas sobre a permanência ou não no governo pemedebista.
"Você tem a posição dos que querem sair imediatamente. Você tem a posição daqueles que [pensam] como um casamento: até que a morte os separe. E você tem a nossa posição, que é dizer, 'olha, vamos aguardar um pouco para terminar as reformas'. É questão de 60, 90 dias", disse Alckmin.
Questionado em seguida se a aprovação das reformas seriam como um gatilho para o fim do apoio do PSDB, o governador indicou que sim. "Acho que é um momento", declarou o tucano, acrescentando que não há uma data definida e que o importante neste momento é preservar as reformas estruturantes.
"Podemos sair a qualquer momento. O sair é deixar de ter ministérios. Aliás, acho isso absolutamente secundário. Tanto é que quando houve o impeachment eu era contra que o PSDB ocupasse ministérios. Sempre fui contra", recordou.
Alckmin ainda ressaltou que o PSDB não deve agir na crise política de olho na eleição presidencial. Além disso, minimizou um eventual desgaste na imagem do partido com a decisão, ainda que interina, de manter o apoio ao governo.
"Nosso compromisso não é com o governo. Nosso compromisso é com a retomada do emprego, do crescimento da economia e da renda da população. Se saíssemos imediatamente iríamos agravar a situação econômica e social. Então, a responsabilidade não é pensar em 2018. Se fosse, já deveria ter saído", disse o tucano ao citar a baixa popularidade do governo Temer.
Prisão de Aécio Neves
O tucano fez um breve comentário sobre o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que será julgado amanhã pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em denúncias oriundas da delação da JBS. "Acho que a gente deve aguardar com serenidade e confiança na Justiça. Toda a oportunidade para que o Aécio possa se defender", afirmou.
O governador, no entanto, evitou comentar se o correligionário deveria ser afastado definitivamente da presidência do partido caso seja preso. "Ele já está afastado. Não vamos comentar hipóteses."
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