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STF manda irmã de Aécio e mais 2 para prisão domiciliar

20/06/2017 16h17

(Atualizada às 16h58)Após decidir que o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima deveria ser solto da prisão e utilizar tornozeleira eletrônica, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) reviu seu julgamento e deliberou que ele cumpra prisão domiciliar. Ele é investigado no mesmo inquérito do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e é acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de corrupção passiva, por participação no esquema de propina paga pelo grupo JBS. O placar ficou em 3 a 2.


O benefício foi estendido à irmã e ao primo do tucano, Andrea Neves e Frederico Pacheco, respectivamente.


Todos são investigados por participação no esquema de propina paga pelo grupo JBS.


Votaram pela manutenção da prisão em Minas Gerais os ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Os demais - Marco Aurélio Mello, relator, Alexandre de Moraes e Luiz Fux - formaram maioria para trocar a prisão preventiva por domiciliar.


Mendherson, então assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), foi preso no dia 18 de maio pela Polícia Federal, em operação deflagrada após as delações de executivos do grupo JBS. De acordo com o depoimento de um dos sócios da empresa, Joesley Batista, Lima recebeu cerca de R$ 400 mil da JBS em nome de Aécio Neves. A jornalista Andrea Neves é apontada como intermediadora do contato entre o irmão e os executivos do frigorífico.


Derrotada no julgamento, a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio, afirmou que Mendherson sabia que estava transportando dinheiro ilícito. "Houve indícios graves de autoria que provam o crime", disse. Para ela, se há outras pessoas presas no âmbito do inquérito - caso de Andrea Neves -, não haveria de ser diferente com o ex-assessor.


A Primeira Turma do Supremo também decidiu estender a prisão domiciliar ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de corrupção passiva por participação no esquema de propina paga pelo grupo JBS. Ele também é investigado no mesmo inquérito do primo.


Frederico também foi preso no dia 18 de maio pela Polícia Federal, em operação deflagrada após as delações de executivos do grupo JBS. De acordo com o depoimento de um dos sócios da empresa, Joesley Batista, ele foi destinatário de parte do dinheiro indevido pago pelo frigorífico.