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Cenário da inflação e exterior puxam juros futuros para baixo

10/07/2017 16h42

Os juros futuros tiveram uma sessão de queda firme nesta terça-feira, movidos tanto pelo ambiente internacional, mais favorável ao risco, como à nova rodada de recuo das projeções para inflação. A leitura do mercado é que, com a inflação na atual dinâmica, o Banco Central terá espaço para voltar a reduzir o juro em um ponto percentual no encontro de julho e, provavelmente, levar a taxa a um nível mais baixo do que se espera para o fim do ciclo.


A pesquisa Focusmostrou hoje queda da projeção para o IPCA em 2017 de 3,46% para 3,38% e, para 2018, de 4,25% para 4,24%. O resultado do IPCA de junho, de -0,23%, explicou a queda adicional das estimativas, que se afastam cada vez mais da meta de 4,5%. Em um movimento coerente, também a projeção para a Selic caiu e, no cenário para 2018, perdeu o piso dos 8%: a mediana está agora em 7,88%. Para 2017, a projeção cedeu de 8,13% para 8%.


Segundo relata o jornalista do Valor José de Castro, esse ambiente levou o BofAa reduzir a projeção para a Selic no fim do ciclo de 8,25% para 7,25%. O banco Pine, por sua vez, que trabalha com uma taxa básica a 8,50% para o período informou que está prestes a reduzir essa previsão.


O ambiente internacional favorável a ativos emergentes endossa esse fluxo vendedor que se viu no mercado de juros. Isso ocorre a despeito da atenção que agentes têm dado aos riscos de haver um ajuste na estratégia dos grandes bancos centrais nos próximos meses, o que poderia ter impacto sobre os fluxos globais. "Embora o mercado continue discutindo qual deve ser a postura dos principais bancos centrais do mundo e o impacto disso sobre o fluxo global para ativos emergentes ao longo do segundo semestre, hoje o clima geral é favorável a risco e o Brasil se beneficia", diz o sócio-gestor da Modal Asset, Luiz Eduardo Portella.


No fechamento do pregão regular, o contrato de DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 8,75%, de 8,79% no ajuste de sexta-feira; o DI janeiro/2021 estava em 9,96%, ante 10,01%; e DI janeiro/2023 era negociado a 10,47%, de 10,56%.