Real tem melhor semana do ano e dólar fecha na casa dos R$ 3,18
O arrefecimento das tensões políticas domésticas combinado com o salto no apetite por risco no exterior garantiu ao real a melhor semana do ano. A moeda brasileira subiu 3,07% no período, à frente de outros 32 pares do dólar. No mês, a taxa de câmbio do Brasil se valoriza 4,06%, também a maior alta entre os principais mercados.
Nesta sexta-feira, o dólar comercial fechou em baixa de 0,70%, a R$ 3,1853. Com isso, renovou o menor patamar de encerramento desde 17 de maio (R$ 3,1313), último pregão antes do vazamento de denúncias do empresário Joesley Batista, da JBS, contra o presidente Michel Temer, o que mergulhou o país em nova crise política.
Várias divisas emergentes somam ganhos nesta semana, amparadas pelo tom "dovish" do Federal Reserve (Fed, BC americano), reforçado hoje por números mais fracos de inflação e atividade nos EUA. No Brasil, a aprovação da reforma trabalhista e, sobretudo, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alimentaram expectativas de que o Brasil mantenha as atuais políticas econômicas, lastreadas na agenda de reformas que objetiva reequilibrar as contas públicas.
A grande dúvida é a sustentabilidade desse "desenho" favorável ao Brasil e a mercados emergentes como um todo. O Morgan Stanley considera que o cenário para emergentes deve continuar benigno. Estrategistas do banco dizem que a economia global ganhou tração e que o processo de aperto monetário em países desenvolvidos tem sido "cuidadosamente comunicado" pelos BCs. Nesse contexto, o dólar tem "ignorado" a recente alta nos prêmios da curva de juros americana, num sinal de que as condições de liquidez seguem "amplas".
Numa tentativa de avaliar quais moedas seriam mais suscetíveis a alta global nos custos de financiamento, o Morgan concluiu que o real é a menos vulnerável numa lista de oito divisas emergentes. Peso chileno e won sul-coreano lideram o ranking de mais sensíveis a elevações nos custos globais de empréstimo.
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