Psol pede à PGR apuração de eventual compra de votos por Temer
O Psol protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta segunda-feira, pedindo que o órgão investigue se o presidente Michel Temer comprou votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Na semana passada, o colegiado rejeitou a denúncia de corrupção passiva formulada pelo Ministério Público Federal contra o pemedebista.
Assinado pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o documento traz trechos de reportagens veiculadas pela imprensa que abordam gastos do governo para tentar barrar o prosseguimento da denúncia, como a liberação de emendas parlamentares a deputados pró-Temer, em um total de R$ 134 milhões.
"O uso dessas verbas pelo presidente da República ocorre para interferir na Câmara dos Deputados. A tentativa de beneficiar alguns parlamentares nitidamente se vincula à vontade particular de Michel Temer de continuar na presidência", diz o texto.
Para Alencar, apesar de negociações e acordos fazerem parte da política institucional, "existem limites que precisam ser preservados", em nome do interesse público. "Assim, resta claro que todo e qualquer uso de verbas públicas para se blindar de investigações acaba por configurar desvio de finalidade."
Se comprovado a liberação indevida dessas verbas, Temer terá incorrido nos crimes de obstrução de Justiça, corrupção passiva, concussão e improbidade administrativa, alerta a petição. "Caberia também avaliar os possíveis desvios de parlamentares que aceitaram as verbas em troca de votos", sugere, ainda, o Psol.
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