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Dólar e juros futuros operam em baixa em linha com cena externa

18/07/2017 10h14

O mercado brasileiro de câmbio segue o sinal vindo do exterior na manhã desta terça-feira. Em linha com a ampla queda do dólar na cena externa, a moeda americana recua ante o real e testou o nível de R$ 3,16 nos primeiros negócios do dia.


O pano de fundo da movimentação é o novo sinal de enfraquecimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que perdeu a maioria no Senado para aprovar a reforma no sistema de saúde. Com isso, aumentam as dúvidas sobre a capacidade de o republicano avançar com suas propostas econômicas.


Às 10h10, o dólar comercial marcava R$ 3,1704, em queda de 0,34%, após tocar a mínima de R$ 3,1666.


O contrato futuro para agosto, por sua vez, cedia 0,33%, a R$ 3,1815.


Analistas chamam atenção para o esforço do presidente Michel Temer em retomar a agenda de reformas. A intenção do governo é iniciar o processo da reforma tributária ainda neste ano. No entanto, a iniciativa ainda é vista com algum ceticismo.


Em vídeo divulgado em redes sociais, Temer disse ontem que o "maior desafio" é "salvar" a reforma da Previdência, cuja tramitação está suspensa há dois meses. O pemedebista não mencionou a crise política que enfrenta.


Outro assunto no radar dos investidores é a rodada de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), que pode contribuir com entrada de recursos no país. Hoje, o Carrefour deve fixar o preço de suas ações no IPO, numa transação que pode movimentar mais de R$ 5 bilhões. Segundo o Valor apurou, a demanda ontem estava cerca de 20% maior do que a quantidade de ações ofertadas. Essa procura se dava com o preço das ações no piso da faixa indicativa, que vai de R$ 15 a R$ 19.


Na renda fixa, o DI janeiro/2021 declinava a 9,600%, ante 9,620% no ajuste anterior. Ainda entre os vencimentos intermediários, o DI janeiro/2018 recuava a 8,645%, ante 8,665%, e o DI janeiro/2019 cedia a 8,530%, de 8,550%.