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Cenário político e ajuste de posições puxam bolsas de NY para baixo

21/07/2017 17h39

Wall Street reagiu a diferentes catalisadores nesta sexta-feira. E, na maior parte, de baixa. Os índices acionários americanos se mantiveram em queda em meio a um movimento de realizações e de reposicionamento antes de uma semana com nada menos que 170 divulgações de resultados de companhias do S&P 500.


Após ajustes, o Dow Jones fechou em baixa de 0,15%, aos 21.580,07 pontos. O S&P 500 recuou 0,04%, para 2.472,54 pontos. E o Nasdaq cedeu 0,04% a 6.387,75 pontos.Na semana, o Dow Jones terminou no negativo, com queda de 0,27%. O S&P 500 acumulou alta de 0,54% no período, enquanto o Nasdaq avançou 1,19%.


O setor de energia liderou as perdas no S&P 500, com baixa de 0,98%, ou seja, quase cinco vezes a segunda maior queda, a das indústrias, de 0,20%. O interesse defensivo dos investidores esteve presente na demanda pelas ações de serviços públicos, que subiram 0,64%.


No Dow Jones, General Eletric liderou as baixas, com queda de 2,92%, seguido de Chevron, com recuo de 1,31%, e de Exxon Mobil, que caiu 0,89%.


Wall Street também preferiu adotar a cautela nesta sexta-feira em meio às expectativas para a reunião do Federal Reserve na quarta-feira que vem e das notícias políticas nos Estados Unidos.


Ontem, a imprensa americana noticiou que o FBI passou a investigar os negócios realizados entre as empresas do presidente Donald Trump e empreendedores russos.


Nesta sexta-feira, o secretário de imprensa e porta-voz do governo republicano pediu demissão e abriu uma nova frente na crise que envolve a administração federal. Sean Spicer pediu para sair do governo por discordar de Trump na nomeação do novo diretor de comunicações da Casa Branca, o financista Anthony Scaramucci.


A preocupação dos investidores é que os problemas políticos dificultem a aprovação da agenda econômica da administração Trump, depois do fracasso da reforma do sistema de saúde americano nesta semana.


As bolsas de Nova York sentiram ainda o impacto da queda de quase 3% das ações da General Eletric, após a companhia reportar um recuo de 12% nas vendas do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O tombo dos papéis do grupo puxou para baixo o setor industrial.


Outro fator de recuo para o mercado acionário veio do petróleo. Os preços da commodity futura tiveram fortes quedas após relatório da consultoria PetroLogistics apontar um aumento de 145 mil barris/dia na produção da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep) neste mês.


O crescimento do nível de extração da Opep ocorre pouco antes do encontro do cartel, no dia 24, no qual os integrantes vão reavaliar os efeitos dos cortes de produção. Conforme especulado pelo mercado, o grupo pretende incluir no acordo a Nigéria e a Líbia, integrantes isentados de participar do plano.